Arquivo de setembro, 2009

Fotos: Pedro Pantoja

Polícia

Moradores do Edifício Solar da Praia, localizado na Rua Francisco Otaviano, em Ipanema, na Zona Sul do Rio, viveram momentos de tensão ao serem mantidos reféns durante um assalto que começou no início da manhã de ontem e durou cerca de duas horas. Os criminosos conseguiram entrar no prédio depois que um deles se identificou como funcionário da Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro (CEG).

“Ele falou para o porteiro que era da companhia de gás e que ia fazer a medição. O porteiro abriu a porta da garagem e ele entrou, acompanhado por outros dois homens”, contou o engenheiro Elias Mansur, 55 anos, que mora há três décadas no local e foi surpreendido pelos assaltantes quando retornava de um passeio com sua cadela.

Polícia

“Fui rendido quando voltava da praia. O porteiro e outros moradores estavam sendo mantidos reféns. Ainda tentei voltar para a rua, mas não consegui. Fui obrigado a levá-los até o meu apartamento, que fica no primeiro andar, e eles levaram os outros reféns para lá também. Alguns moradores ficaram trancados em um quarto e outros ficaram em um segundo quarto”, revelou Elias, dizendo que um pedreiro que trabalhava em uma obra em seu apartamento chegou a ser agredido com uma coronhada no nariz.

“Eles avisaram que iriam continuar no prédio e mandaram que não saíssemos do apartamento”, ressaltou o engenheiro, acompanhado por uma outra moradora que não quis se identificar e que disse que os bandidos ameaçaram cortar seu dedo, caso ela escondesse alguma coisa.

“Tive medo dele ficar muito revoltado e machucar alguém. Não tinha quase nada em casa e ele me ameaçava, caso achasse alguma coisa que eu dizia que não tinha. Fui levada para o apartamento no primeiro andar, onde fiquei uns 40 minutos, junto com outros moradores. Ninguém queria arriscar ir na janela ou chamar a Polícia, pois ninguém sabia se eles ainda estavam lá”, relembrou.

ipanema assalto

De acordo com as vítimas, o trio de assaltantes entrou no edifício por volta das 7h45 e a Polícia Militar foi chamada somente duas horas depois. Um morador do prédio ainda jogou um bilhete da janela tentando ajudar na identificação dos criminosos. No papel, o homem avisava que os assaltantes eram três, sendo um negro e dois morenos de aproximadamente 1,70 m.

“Os moradores que desconfiaram da ação e não foram assaltados poderiam ter acionado a PM há mais tempo. Lamentavelmente houve atraso nessa chamada e quando chegamos não foi possível localizar os criminosos”, declarou o comandante do 23º BMP (Leblon), coronel Sérgio Alexandre Rodrigues do Nascimento.

Polícia

Além de 15 homens do 23º BPM, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) também foram deslocadas para o local.

“Isolamos as entradas e saídas do prédio, pois a informação inicial era a de que poderia haver um morador sendo feito refém em um dos apartamentos. Acionamos o Bope preventivamente”, explicou o oficial.

O edifício, que fica em frente ao Parque Garota de Ipanema, tem sete andares e possui 14 apartamentos. Destes, oito foram assaltados. Muitos dos imóveis estão passando por obras. Além de 18 moradores, dois funcionários do prédio – o porteiro e um faxineiro – e três funcionários que trabalhavam na reforma de um apartamento no 5º andar foram mantidos reféns.

Polícia

O delegado Gustavo Valentine, da 14ª DP (Leblon), esteve no local e ouviu informalmente todas as vítimas.

“Agora vamos ouvir todas na delegacia para formalizar os depoimentos e estou solicitando as imagens das câmeras dos prédios próximos, já que este edifício não possui circuito de segurança. Os criminosos levaram jóias e dinheiro e deixaram de roubar várias coisas, como notebooks e outros eletroeletrônicos”, declarou Gustavo, que vai disponibilizar os álbuns do Setor de Investigação Policial (SIP) da 14ª DP para que os moradores vejam as fotos.

“Vamos solicitar a confecção de retratos-falados e também mostrar fotografias cadastradas para verificar se algum é reconhecido”, destacou o delegado, que solicitou que perícias do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) e também do Instituto Félix Pacheco (IFP) fossem realizadas nos apartamentos em que os bandidos estiveram.

Polícia

O delegado também vai apurar a informação de que os assaltantes entraram no edifício perguntando por um morador, que seria ourives.

“Fomos no apartamento deste morador, mas ele não estava. Estamos investigando todas as hipóteses. O crime pode ter sido praticado por uma quadrilha especializada, pode ter envolvimento de ex-funcionários ou pessoas que já freqüentaram o prédio e sabiam da inexistência de câmeras ou pode ter sido premeditado tendo como alvo alguém específico”, afirmou.

Em nota, a CEG informou que está à disposição da Polícia para colaborar com a investigação e alertou os clientes sobre alguns cuidados para evitar a entrada de falsos funcionários nos prédios. Entre eles, a empresa esclareceu que as visitas são previamente agendadas e que dúvidas podem ser esclarecidas pelo telefone 08000-247766.

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Fotos: Pedro Pantoja e Cláudio César (divulgação)

tijuca blog

“A compaixão nem sempre é uma virtude. Quem poupa a vida do lobo, condena à morte as ovelhas.” A célebre citação do escritor e poeta francês Victor Hugo serviu de inspiração para o comandante geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, comentar o episódio em que um assaltante que mantinha uma comerciante refém foi morto ao ser atingido por um disparo efetuado por um atirador de elite da PM. O episódio ocorreu na última sexta-feira, dia 25, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, quando Sérgio Ferreira Pinto Júnior, o Serginho, 24 anos, fugia da Polícia e manteve a comerciante Ana Cristina Garrido, 48, como escudo. O major João Jaques Busnello, 39, lotado no 6º BPM (Tijuca), foi o responsável pelo tiro certeiro.

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“Numa ocorrência com refém, o Estado, que deve preservar vidas, corre o risco de sacrificar a vida inocente ameaçada se agir com vacilações a pretexto de preservá-las, todas, a qualquer custo”, destacou o coronel Mário Sérgio no texto intitulado “Sobre lobos e ovelhas” e publicado em seu blog “Segurança Pública – Idéias e Ações” e também no “Blog do Comandante Geral”. Na publicação, ele lembra casos emblemáticos em que a ação da Polícia foi questionada pela sociedade por não ter tido o mesmo êxito da ação da última semana.

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Além de citar um caso paulista ocorrido em 1990, quando um cabo da PM de São Paulo acertou com precisão a cabeça do criminoso, mas acabou também matando a refém – uma professora – quando o projétil atravessou o alvo e atingiu também a vítima, o oficial recordou o seqüestro do ônibus 174, ocorrido no Rio, há nove anos.

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“Um assaltante descontrolado que mantinha reféns foi inutilmente preservado em detrimento das vítimas que ameaçava. Durante longos minutos esteve sob mira de atiradores de precisão do BOPE, que aguardavam uma ordem para agir. O desfecho foi trágico. A ordem não foi dada, o alvo não foi posto fora de ação e mais uma dor encheu as páginas dos jornais por semanas”, ressalta o comandante da PMERJ nos blogs.

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O seqüestro do ônibus da viação Amigos Unidos que fazia a linha 174 (Central-Gávea) – posteriormente extinta e substituída pela 158 – teve início às 14h20 do dia 12 de junho de 2000. O coletivo, que transportava 11 passageiros, ficou detido no bairro Jardim Botânico por quase 5 horas, por Sandro Barbosa do Nascimento, sobrevivente da Chacina da Candelária, ocorrida sete anos antes. Ele tinha 21 anos, estava armado com um revólver e acabou sendo morto por asfixia dentro de uma viatura que o conduziria à delegacia.

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Última refém do criminoso, a professora Geísa Firmo Gonçalves, com 20 anos na época, morreu baleada por um PM que tentou atingir Sandro quando este saiu do ônibus com a professora como escudo. A tragédia foi retratada no documentário “Ônibus 174”, do diretor José Padilha, em 2002. Ao terminar o seu texto, o coronel Mário Sérgio finaliza: “Agora sim, o Zé Padilha pode fazer um filme com final feliz.”

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O final feliz não aconteceu para Sérgio Ferreira Pinto Júnior, o Serginho, 24 anos. Em sua página no Orkut, ele se descreve como um “guerreiro da paz treinado e preparado para a guerra e nascido para amar” e diz: “Sou fiel como um cão de guarda e feroz e faminto como um de caça, mas dócil e amável como um animal domesticado. Sou também mais um guerreiro sobrevivendo nesse mundo injusto e maldoso. Tímido por natureza, paciente por opção e malandro por experiência!”.

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Ex-militar do Exército, ele concluiu curso de Montagem e Manutenção de Computadores e chegou a trabalhar no cadastro de idosos e portadores de deficiência no RioCard. Em seu perfil profissional, ele diz que sua escola foi a rua e que estava matriculado no curso “Caçador de Aventura” da faculdade “Vida Loka”. Seu trabalho foi definido por ele como “Profissão Perigo: perigoso, mas lucrativo” e suas habilidades profissionais foram descritas como “belas artes e jóias raras”.

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Abaixo do seu apelido na página do site de relacionamentos – “Serginho Abençoado & Iluminado” – ele escreveu a frase: “Paz, Justiça e Liberdade” – lema da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

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Em um dos seus álbuns de fotos, o criminoso – que já tinha duas passagens pela Polícia e já havia cumprido pena por porte de arma, desobediência, estelionato e furto – postou fotos de uma praia e uma cabana na montanha, revelando que aquele era o sonho dele para o futuro: “meu lar se deus kizer”, diz, embaixo de uma das imagens.

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Em outro álbum, ele posta a foto de uma pistola e escreve: “meu direito de defesa”. Há também fotos de um passeio feito em Itatiaia, em julho do ano passado. O criminoso, que, em nove meses de prisão, nunca recebeu visita da família, estava em liberdade desde abril, quando foi solto pela Justiça por falta de julgamento.

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Assista o Vídeo da Ação:

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Fotos: Bruno Gonzalez

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No dia seguinte à prisão do homem acusado de ser o gerente geral da venda de drogas no Complexo da Pedreira, nova operação foi realizada na Pedreira, Lagartixa e Quitanda – que compõem o conjunto de favelas localizado no bairro Costa Barros, na Zona Norte do Rio, e controlado pela facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA).

Rogério de Oliveira Salvador, o Mito ou Salvador, 35 anos

Rogério de Oliveira Salvador, o Mito ou Salvador, 35 anos

Conhecido como Mito ou Salvador, Rogério de Oliveira Salvador, 35 anos, foi preso por agentes da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), no final da tarde de quinta-feira, em um apartamento do Conjunto Habitacional da Fazenda Botafogo. Com ele, os policiais apreenderam uma pistola nove milímetros, um rádio transmissor e cerca de um quilo de cocaína prensada, além de terem recuperado um carro roubado.

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Sem saberem da ocorrência da Polícia Civil, cerca de 80 policiais militares lotados no 9º BPM (Rocha Miranda), com apoio de PMs de batalhões do 2º Comando de Policiamento de Área (2º CPA) – que engloba 18º BPM (Jacarepaguá), 27º BPM (Santa Cruz), 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) e Regimento Coronel Enyr Conyr dos Santos (RCECS), antigo Regimento de Polícia Montada (RPMont) – chegaram no local, na madrugada desta sexta-feira, dia 25, para realizar operação que já estava programada desde a quarta-feira anterior.

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Após cerca de onze horas de incursão – que envolveu aproximadamente 120 policiais -, os PMs detiveram três suspeitos, apreenderam um menor e prenderam um acusado de envolvimento com o tráfico de drogas. No total, eles apreenderam uma escopeta calibre 12, dois carregadores – um de fuzil e outro para pistola calibre 45 – pouca quantidade de crack, com a inscrição “Choque de Ordem”, e cadernos de contabilidade.

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O valor das anotações surpreendeu os policiais: os traficantes haviam comprado drogas no valor total de R$ 269 mil. Cada quilo de crack custou R$ 13 mil e, o de cocaína, R$ 11 mil. Também através dos cadernos, os PMs descobriram que os criminosos do Complexo da Pedreira possuíam fuzis AK 47 e metralhadora ponto 30.

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“Não sabíamos que eles já tinham essas armas, mas aqui vimos que eles anotaram uma compra de vinte caixas com munições para AK47, no valor de R$ 6.200 – revelou um dos PMs que participou da ação. Outro objeto apreendido que chamou a atenção dos policiais foi uma maleta para cirurgias ortopédicas, em que havia inclusive pinos para fraturas expostas.

Polícia

No Morro da Lagartixa, os policiais descobriram uma central clandestina de tevê a cabo. A estimativa é de que o sinal – das empresas Sky, Net e TVA”, fosse distribuído para cerca de 500 moradores.

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A ausência de confronto e o fato de não ter havido grandes prisões e apreensões fez com que os policiais acreditassem que a calma tivesse relação com a prisão de Mito.

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“Não sabíamos que ele havia sido preso horas antes da nossa operação. Provavelmente os criminosos foram se reunir em outra favela para definir quem será seu substituto”, disse um policial.

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Com oito anotações criminais, Mito foi solto há um ano após ganhar o benefício da liberdade condicional e teria participado da guerra pelo controle do Morro do Chapadão – que é controlado pela facção rival, Comando Vermelho, e faz divisa com o Complexo da Pedreira.

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Ligado ao traficante Cristiano Santos Guedes, o Puma ou Fera, 36 anos, e a Edmílson Ferreira dos Santos, o Sassá, preso em Bangu 1, Mito é ex-paraquedista do Exército – tendo servido no 27º Batalhão de Infantaria, em 1992.

Cristiano Santos Guedes, o Fera, 36 anos

Cristiano Santos Guedes, o Fera, 36 anos

Arquivo do Complexo da Pedreira:

Complexo da Pedreira virou QG da ADA

Polícia Civil sacode o Complexo da Pedreira

Pedreira: 6 presos, 2 mortos, 1 baleado e 30 quilos de cocaína

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Fotos: Bruno Gonzalez

A paraguaia Marcia Patricia Aranguren Benegas, que é química farmacêutica, denunciou policiais da DRAE por seqüestro e extorsão

A paraguaia Marcia Patricia Aranguren Benegas, que é química farmacêutica, denunciou policiais da DRAE por seqüestro e extorsão

Um cubano amigo da paraguaia que denunciou policiais civis por seqüestro e extorsão está sendo procurado pela Polícia. Naturalizado brasileiro, ele morava em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e é suspeito de envolvimento no crime. Em seu depoimento na Delegacia Especial de Atendimento ao Turismo (Deat), a química farmacêutica Marcia Patricia Aranguren Benegas, 35 anos, disse que saiu de seu hotel, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, por volta das 23 horas do dia 22 de julho, após receber uma ligação do cubano a convidando para jantar na praça de alimentação do Rio Sul, em Botafogo, também na Zona Sul. Ela contou que não sabia que o horário de fechamento do shopping era às 22 horas e disse que foi abordada por homens que saíram de uma viatura caracterizada da Delegacia de Repressão às Armas e Explosivos (DRAE) pouco após sair do hotel.

Delegado Fernando Vila Pouca, titular da DEAT

Delegado Fernando Vila Pouca, titular da DEAT

“Eles já tinham a informação de que ela estaria de posse de uma alta quantia em dinheiro. Essa informação pode ter sido passada por uma pessoa no Brasil. Logo no primeiro momento, ela os identificou como policiais por causa do carro”, ressaltou o delegado Fernando Vila Pouca, titular da Deat, que remeteu o caso à Divisão de Assuntos Internos (Divai), da Corregedoria Geral da Polícia Civil, este mês.

O corregedor da Polícia Civil, informou que dois dos quatro policiais que teriam participado da ação já estão identificados. No entanto, dois meses após o registro da denúncia, eles ainda não prestaram depoimento.

“Através das investigações à extorsão praticada, em tese, por policiais civis, chegamos a esses dois policiais, que serão ouvidos na Corregedoria. O amigo dela, que é cubano, está sendo procurado para também ser ouvido. Ele morava em Niterói, mas se mudou e ainda não temos o novo endereço. Ele teria sido a isca que atraiu a paraguaia para o suposto crime”, afirmou José Augusto, dizendo que ele costumava acompanhar a química em suas vindas ao Brasil.

Delegado José Augusto Pereira de Souza, Corregedor da Polícia Civil

Delegado José Augusto Pereira de Souza, Corregedor da Polícia Civil

“Ele fazia o acompanhamento da vítima sempre que ela vinha ao Rio para comprar produtos químicos para a atividade que mantinha no Paraguai. Ela teria ligado para ele falando sobre a quantia e pedindo um guarda-costas, anteriormente ao fato. No dia do incidente, ela recebeu uma ligação dele e aceitou um convite para fazer uma refeição. Ela saiu do hotel para se encontrar com ele no Rio Sul, sem saber que o shopping já estava fechado naquele horário”, destacou o corregedor.

Acompanhada por uma empregada, a paraguaia – mãe de duas crianças – foi seqüestrada quando deixava o Copacabana Mar Hotel, na Rua Ministro Viveiros de Castro, em um Toyota, e a ação foi gravada por câmeras do sistema de segurança de prédios vizinhos ao hotel. Segundo a vítima em seu depoimento, dois dos policiais teriam entrado no veículo, que foi escoltado por uma Blazer com os adesivos da Drae até um ponto embaixo à Ponte Rio-Niterói. A especializada fica localizada na Zona Portuária, próximo a um dos acessos à Ponte.

Corregedor geral da Polícia Civil concedeu entrevista coletiva para falar sobre o caso

Corregedor geral da Polícia Civil concedeu entrevista coletiva para falar sobre o caso

Ainda de acordo com o relato da vítima à Polícia, ela teria sido mantida sob a mira de fuzis e agredida várias vezes com tapas no rosto, além de ter sido ameaçada por um dos supostos policiais de ser acusada de tráfico de drogas. A química teria permanecido embaixo da Ponte Rio-Niterói, escoltada por alguns policiais, enquanto outros retornaram ao hotel junto com a empregada.

Um deles teria se identificado ao recepcionista como namorado da paraguaia. Após recolherem as malas dela, eles voltaram para o local onde a haviam deixado e mandaram que ela fosse embora do Rio e não retornasse. Escoltada pela Blazer até a Rodovia Presidente Dutra, a paraguaia resolveu retornar e pedir ajuda na Deat, relatando que haviam levado os R$ 90 mil que ela possuía para comprar insumos químicos.

“O delegado entrou em contato comigo, revelando que duas paraguaias haviam seqüestradas e assaltadas e queriam voltar para o Paraguai. Ele me disse que não ficaria tranqüilo delas dirigirem sozinhas naquela noite. Eu mesma as peguei e trouxe para o prédio do consulado, onde ficaram hospedadas até a manhã seguinte. Depois do café, elas foram embora”, contou o cônsul do Paraguai, Ricardo Caballero Aquino, dizendo que a química havia dirigido aproximadamente dois mil quilômetros, chegando no Brasil após dois dias de viagem.

Cônsul do Paraguai no Rio, Ricardo Caballero Aquino

Cônsul do Paraguai no Rio, Ricardo Caballero Aquino

“É um assunto de extrema gravidade. Ela foi sequestrada e roubada, ao que tudo indica por policiais civis do Rio. Pessoalmente, comuniquei o caso ao meu governo e espero uma solução das autoridades brasileiras, em especial, das autoridades do Estado do Rio”, afirmou o cônsul.

A delegada Márcia Becker, titular da Drae, revelou que os agentes saíram da especializada para verificar uma denúncia de que haveria uma traficante paraguaia com drogas em um hotel de Copacabana. Ela não negou a ida dos policiais até o local, nem a abordagem à química, e confirmou que eles entraram no hotel e subiram até o apartamento da vítima – fatos constatados através das imagens gravadas por câmeras de segurança.

Delegada Márcia Becker Simões, titular da DRAE

Delegada Márcia Becker Simões, titular da DRAE

A delegada também revelou que os policiais apreenderam cerca de 70 quilos de produtos que seriam anfetaminas – parte estaria com a denunciante e outra parte no quarto do hotel. No entanto, não soube explicar o porquê da paraguaia não ter sido presa em flagrante, além de ter alegado que ainda não havia recebido o resultado do laudo do exame solicitado, no final do mês de julho, ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

Em janeiro deste ano, ela já havia denunciado outros policiais por extorsão. O caso, que teria ocorrido em Assunção – cidade onde ela mora – foi divulgado pelo jornal paraguaio Diário Popular, dois meses depois. Em seu perfil no Orkut, a paraguaia diz que pratica tiro e tem paixão por armas de fogo, viagens e experiências novas. Em sua frase de apresentação, a mensagem: “que pena lo siento mucho pero esas eran las reglas……y el que no cumple esta fuera de todo”. A tradução seria: “É uma pena, sinto muito, mas essas eram as regras e aquele não as cumpre está fora de tudo”.

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recompensa

Em sete dias consecutivos, 10 policiais militares foram baleados no Rio. Os casos aconteceram do último dia 14 até o dia 20, nas zonas Norte e Oeste; e em Itaboraí, na Região Metropolitana. Dos PMs feridos – dois estavam de serviço – sete morreram. Na segunda-feira, dia 21, não houve policiais feridos, mas, ontem, o Rio de Janeiro registrou mais um caso. Com este, o número de policiais baleados no Estado chega a 146 – sendo que 84 morreram. Dos 62 sobreviventes, 56 eram policiais militares, cinco eram policiais civis e um era policial rodoviário federal. Dos assassinados, 74 eram PMs e 10 eram policiais civis. Do total de 146 policiais, 49 estavam de serviço: 16 morreram.

A última vítima foi o sargento reformado Alexandre José Evangelista dos Santos, 44 anos. Ele estava em seu carro – um Kia Subaru – e trafegava no sentido Centro pela pista lateral da Avenida Brasil, em frente ao Conjunto Habitacional Amarelinho, em Irajá, na Zona Norte. Os criminosos, que ocupavam um Ford EcoSport, emparelharam com o PM e efetuaram disparos. Eles fugiram sem levar o automóvel do sargento, que ainda foi socorrido e levado para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes. No entanto, o PM não resistiu aos ferimentos.

jorge lobao

A estatística fez com que o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Jorge Lobão, reativasse um antigo serviço: o Disque-Denúncia da entidade, que oferece recompensa de R$ 2 mil a quem auxiliar na identificação e prisão de matadores de policiais. Quem tiver informações pode passar através do número 8181-7304.

Últimos Casos
No domingo, o cabo Alexandre Pires, 38 anos, foi assassinado dentro de um condomínio fechado localizado na Rua João Adil de Oliveira, também em Irajá. Segundo testemunhas, cinco bandidos com fuzis e pistolas abordaram o policial e fizeram pelo menos 20 disparos. O condomínio, onde moram muitos policiais civis e militares, tem uma única rua de acesso, com cancela. Moradores contaram que os criminosos estavam em dois carros — um Fox preto e um Punto prata.

Lotado no 14º BPM (Bangu), o PM – que estava afastado dos serviços de rua – respondia à Conselho de Disciplina por participar da ação que resultou na morte de uma oficial da Aeronáutica, em 2007. Donos de um carro que havia sido roubado, Larissa e Douglas Gorchinsky recuperaram o próprio veículo, após o assalto, e seguiam para a delegacia quando passaram por uma blitz. A vítima acabou morrendo ao ser baleada por policiais que atiraram contra o automóvel depois que os ocupantes não obedeceram à ordem de parar.

No dia anterior, o cabo René Sátiro de Oliveira, 40, que era lotado no 20º BPM (Mesquita), foi encontrado morto dentro de um Fiesta na Rua Lauro Camargo, próximo ao Morro do Chapadão, na Pavuna, na Zona Norte do Rio. Na sexta-feira, o cabo Sérgio da Cruz, 39, foi surpreendido por dois homens armados, no interior um bar localizado na esquina das ruas Paraná e Joaquim Martins, em Água Santa, também na Zona Norte. Lotado no 3º BPM (Méier), ele havia acabado de sair do serviço e tinha se encontrado com o filho, de 16 anos. O PM ainda conseguiu reagir e, mesmo baleado, saiu do bar e foi até o seu carro. Socorrido e levado para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, ele não resistiu aos ferimentos.

pm baleado

No dia 17, o sargento João Carlos dos Santos Moraes, 40, lotado no 22º BPM (Benfica), foi baleado na barriga durante confronto com traficantes que controlam a venda de drogas na Favela de Manguinhos, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio. Na véspera, o soldado Guilherme Lourenço Caminha, 32 anos, lotado no mesmo batalhão, foi assassinado em tentativa de assalto sofrida na esquina das ruas Barão de Cotegipe e Emília Sampaio, em Vila Isabel, também na Zona Norte. Quatro criminosos – sendo três em um carro e um em uma moto – cercaram o Astra em que o PM estava, acompanhado pela mulher, e o obrigaram a sair do veículo. Ele foi reconhecido por estar usando a parte de baixo da farda.

Mulher de PM morto

Os bandidos, então, fizeram onze disparos em direção ao policial, que foi atingido por seis tiros. Ele ainda chegou a reagir e, na troca de tiros, um dos criminosos também foi baleado. O PM morreu ao dar entrada no Hospital Geral do Andaraí, no bairro de mesmo nome. Um suspeito de participar da tentantiva de assalto, identificado como Moisés Camilo Lucena, 22, foi preso na sala de emergência do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Há seis anos na corporação, o PM havia sido aprovado em um concurso da Petrobras e deixaria a farda no próximo mês. No mesmo dia, o cabo José Paulo dos Santos da Silva, 26, lotado no 9º BPM (Rocha Miranda), foi baleado de raspão na perna durante confronto com traficantes no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, também na Zona Norte do Rio. O PM foi socorrido e levado para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, sendo liberado após receber atendimento médico.

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Na terça-feira, dia 15, os policiais militares José Roberto Santos de Oliveira, 52, e João Rodrigues Russo Neto, 55, foram assassinados, no Engenho de Dentro, na Zona Norte. Eles eram responsáveis pela segurança do presidente da Companhia de Água e Esgoto do Rio (Cedae), Wagner Victer. Os PMs, que estavam em um Toyota Corolla preto, haviam acabado de deixar o presidente da Cedae na casa dele, na Ilha do Governador. Segundo testemunhas, os criminosos – que estavam em um Gol prata – impediram a passagem dos policiais, desceram do carro e efetuaram os disparos.

Horas antes, o sargento Celso Luiz Moreira, 40, lotado no 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), foi morto ao tentar evitar uma saidinha de banco – quando a pessoa é seguida e assaltada após efetuar saque em agência bancária ou caixa eletrônico – em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O PM estava de folga e percebeu quando um cliente que saía da agência do banco Itaú localizada na Estrada dos Bandeirantes foi abordado por dois homens em uma moto. Ao tentar impedir o assalto, o PM foi baleado – na cabeça, nas costas e no olho.

No dia 14 de setembro, o soldado Alessandro Fonseca Dias, 36 anos, lotado no 12º BPM (Niterói), estava de folga quando foi baleado pelo soldado Elias Medeiros Coelho, do 35º BPM (Itaboraí), que estava de serviço. O crime ocorreu no bairro Santo Expedito, em Itaboraí, quando o soldado do 12º BPM saía de um clube. O carro do PM, que era dirigido por sua mulher, Nívea Dias, colidiu com o do também soldado da PM Fredson Nascimento Pereira, lotado no Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE). Os três iniciaram uma discussão e uma viatura do 35º BPM que passava pelo local tentou intervir, mas um dos integrantes da equipe acabou atingindo Fonseca. Ele alegou ter agido em legítima defesa, mas foi autuado por tentativa de homicídio e encaminhado para o Batalhão Prisional Especial (Bep), em Benfica.

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Fotos: Pedro Pantoja

Polícia

“Desce só os moradores” (sic). Essa foi a ordem dada por criminosos que seqüestraram um ônibus da viação Paranapuan que fazia a linha 634 (Del Castilho-Fundão), antes de atear fogo ao veículo, no final da manhã de ontem. O coletivo, que faz integração com o metrô, passava pela Linha Amarela e seguia em direção à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), quando foi abordado por quatro bandidos. Dois deles aparentavam ser menores de idade. A abordagem ocorreu na altura da Vila do João. Cerca de um quilômetro depois, já na Vila dos Pinheiros, o ônibus foi incendiado. As duas favelas fazem parte do Complexo da Maré, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio.

Polícia

“Os criminosos entraram no ônibus no primeiro ponto após a cabine blindada da PM, embaixo da passarela. Dois pareciam menores e entraram pela porta de trás, juntamente com outro. O quarto entrou pela porta da frente e estava armado com uma pistola”, revelou a delegada Valéria de Castro, titular da 21ª DP (Bonsucesso), ressaltando que um dos menores já entrou no coletivo carregando uma garrafa de álcool.

Polícia

Após anunciarem o assalto e roubarem o cobrador e os passageiros, os bandidos obrigaram o motorista a alterar seu trajeto e entrar na Rua Bento Ribeiro Dantas – paralela à Linha Amarela, a via é um dos principais acessos à Favela Vila dos Pinheiros e fica um pouco antes do acesso à Linha Vermelha.

Polícia

“Eles mandaram só os moradores descerem, mas todo mundo desceu quando viu que eles iam atear fogo no ônibus. O que estava armado ainda veio na minha direção e eu e o cobrador começamos a correr, achando que ele ia atirar na gente”, relembrou o motorista, que pediu para não ter a identidade divulgada.

Polícia

No momento do incidente, que ocorreu por volta das 11 horas, havia cerca de 20 passageiros no veículo. Duas horas depois, apenas quatro vítimas haviam comparecido à delegacia.

“Acredito que as pessoas venham registrar após estarem refeitas do susto”, declarou Valéria de Castro.

Polícia

A delegada investiga se a ação foi orquestrada por integrantes das duas facções criminosas que brigam pelo controle das duas favelas, desde o mês de maio.

“Eles já entraram com essa intenção de atear fogo no ônibus. As pessoas que fizeram essa ação podem estar sendo instruídas por outras, ou pode até ter sido somente para destruir as câmeras e dificultar a identificação”, enfatizou Valéria.

Polícia

Após perícia realizada por policiais do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE), ficou constatado que o cartão de memória do circuito interno de segurança do veículo ficou completamente destruído no incêndio.

Whygson Gonçalves, o Surf, 32 anos; Felipe Rafael da Silva, 21 anos; Luciano Rocha dos Santos, 29 anos; Rogério Francisco Santana, 24 anos; Michel Holanda, 24 anos; e Fernando Antônio Maciel de Souza, o Caixa d’Água, 32 anos - apontado pela Polícia como gerente das bocas-de-fumo da Vila do João e líder da tentativa de invasão à Vila dos Pinheiros

Whygson Gonçalves, o Surf, 32 anos; Felipe Rafael da Silva, 21 anos; Luciano Rocha dos Santos, 29 anos; Rogério Francisco Santana, 24 anos; Michel Holanda, 24 anos; e Fernando Antônio Maciel de Souza, o Caixa d’Água, 32 anos - apontado pela Polícia como gerente das bocas-de-fumo da Vila do João e líder da tentativa de invasão à Vila dos Pinheiros

Na semana passada, sete integrantes de uma mesma família – sendo três crianças, três adolescentes e uma senhora – foram feitos reféns por traficantes dentro de uma casa na Vila dos Pinheiros. Em mais uma tentativa de invasão de criminosos da Vila do João à Vila dos Pinheiros, um tiroteio entre traficantes chegou a fechar a Linha Amarela por 20 minutos.

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Equipes do 22º BPM (Benfica) se dirigiram para o local e os traficantes invasores acabaram encurralados, entrando na casa e fazendo a família refém. Somente depois de quase três horas de negociações com policiais militares lotados no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), os bandidos se renderam.

Com os presos, os PMs apreenderam cinco fuzis, três pistolas, uma granada, grande quantidade de munição e cocaína.

Com os presos, os PMs apreenderam cinco fuzis, três pistolas, uma granada, grande quantidade de munição e cocaína.

Guerra entre ADA e TCP começou em maio
O Complexo da Maré, que engloba as localidades Baixa do Sapateiro, Conjunto Bento Ribeiro Dantas, Conjunto Esperança, Conjunto Marcílio Dias, Conjunto Pinheiro, Nova Holanda, Nova Maré, Parque Maré, Parque Roquete Pinto, Parque Rubens Vaz, Parque União, Praia de Ramos, Salsa e Merengue, Timbau, Vila do João e Vila do Pinheiro, é dividido entre as facções Amigos dos Amigos (ADA), Terceiro Comando Puro (TCP) e Comando Vermelho (CV), e também tem áreas controladas por milicianos.

Nei da Conceição Cruz, o Facão, 37 anos

Nei da Conceição Cruz, o Facão, 37 anos

A guerra entre traficantes pelo domínio das bocas-de-fumo da Vila dos Pinheiros e da Vila do João teve início no final de maio. Foragido da Justiça desde abril – quando conquistou o benefício a cumprir a pena em regime semi-aberto para trabalhar e não retornou à cadeia – o traficante Nei da Conceição Cruz, o Facão, 37 anos, é apontado como responsável pela guerra. Pertencente ao TCP e líder do tráfico nas favelas do Timbau e Baixa do Sapateiro, segundo a Polícia ele já conseguiu retomar as bocas-de-fumo da Vila dos Pinheiros e estaria agora tentando assumir os pontos de venda de drogas da Vila do João.
Preso em 2003, Facão tem 14 anotações criminais. O traficante saiu do Instituto Penal Cândido Mendes, no Centro do Rio, com a promessa de que trabalharia como auxiliar administrativo na ADG Comércio de Metais e Ferragens, localizada no Timbau.

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Polícia

“Não há solução mágica.” Esta foi a resposta do secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, ao ser questionado sobre os recentes casos de violência ocorridos no Estado do Rio de Janeiro. À frente da secretaria desde janeiro de 2007, o delegado da Polícia Federal ressaltou que não vai se afastar do planejamento estratégico.

“Nós temos um horizonte e não serão fatos negativos que acontecem em uma cidade com 10 milhões de pessoas que vão nos fazer desistir. Precisamos de policiais nas ruas, mas fazer policiais não é um passe de mágica: leva um ano”, ressaltou Beltrame, lembrando o artigo 144 da Constituição Federal, que diz que “a Segurança Pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”.

Polícia

“Não vai ser um policial na rua que vai acabar com a violência, que vai acabar com o tráfico. É um conjunto de fatores do qual todos têm que participar. Não há solução mágica. Quem disser que resolve isso em poucos dias é demagogo. O comandante da PM foi orientado a enxugar os batalhões para que policiais que prestassem serviços administrativos fossem para as ruas e já conseguimos colocar mais 2 mil PMs no policiamento ostensivo”, enfatizou, informando que a corporação possui, hoje, um déficit de 15 mil homens.

Polícia

“Os batalhões estão com deficiência em seus efetivos e nossa missão é pensar em Segurança Pública para daqui a 10 anos. O Rio de Janeiro se acostumou com uma política de segurança a cada semana. Há mais de 40 anos que isso vem ocorrendo no Estado. Na sequência de um fato criminoso de grande repercussão, surgia uma solução mágica para resolver aquele fato episódico, emocional, atitudes que, na verdade, só fizeram aumentar a violência. Não vamos inventar uma política de Segurança Pública por semana para amenizar manchetes de jornais. Isso é engodo”, ressaltou Beltrame.

Polícia

As declarações do Secretário foram feitas na abertura do encontro mensal do Conselho Comunitário de Segurança da 2ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp 2), organizado pela primeira vez na sede do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, na manhã desta quinta-feira, dia 17. O encontro começou com um café da manhã oferecido para autoridades, líderes comunitários e representantes de associações de moradores.

Polícia

Falando para mais de 60 representantes de comunidades e instituições ligadas aos oito bairros que integram a Aisp 2 – Glória, Catete, Laranjeiras, Cosme Velho, Flamengo, Urca, Botafogo e Humaitá -, Beltrame defendeu a tese de que segurança pública também não é uma atribuição exclusiva da Polícia. Exemplificando, ele disse que uma rua bem iluminada também inibe ações criminosas.

Polícia

O conselho comunitário se reúne toda terceira quinta-feira de cada mês em algum lugar dos oito bairros. Os conselhos foram criados em 1999 com o objetivo de estabelecer um canal mais direto de comunicação entre as comunidades e as polícias na busca comum pela redução da violência e da criminalidade. Através de reuniões mensais e cafés comunitários, realizados por cada Área Integrada de Segurança Públia, os comandantes dos batalhões da PM e os delegados de Polícia Civil reúnem-se com representantes de diversos setores da sociedade para analisar e discutir problemas e estratégias de policiamento de cada região.

Polícia

“Aconselho os senhores a convidarem também secretários estaduais e municipais de outras áreas a virem às reuniões para apresentar soluções ou para se justificar por não poderem resolver os problemas. O combate à criminalidade é mesmo difícil e a Polícia sozinha não tem condições de resolver todos os problemas. As pessoas têm que estar envolvidas. O Conselho de Segurança Pública é muito mais que só Polícia e os senhores não estão sós”, destacou Beltrame.

O comandante do 2º Batalhão de Policia Militar (BPM), tenente-coronel Roberto Gil, presidente honorário do Conselho Comunitário de Segurança da Aisp 2 – a presidente efetiva é a líder comunitária Lenir da Costa Matos -, pregou a mesma convicção na política de planejamento estratégico e de combate ostensivo e continuado à marginalidade, defendida pelo secretário, mas pediu a colaboração da população.

Polícia

“Queremos que vocês sejam os olhos e ouvidos do Poder Público. Se cada cidadão se convencer disso e nos ajudar e nos cobrar, a Polícia se sentirá estimulada a prosseguir em sua missão e os resultados vão aparecer”, enfatizou.

O comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo de Morais, explicou, em seguida, por que decidiu abrir as portas da força especial à reunião comunitária.

Polícia

“Para nós é fundamental discutir Segurança Pública com a população, mesmo sendo o Bope uma tropa de ações específicas, pontuais. Serve para a gente desfazer a imagem um tanto negativa de um certo isolamento e superioridade em relação às outras forças policiais. Nada disso. Nossas ações são esporádicas e pontuais. Quem faz a segurança efetiva da população é o policiamento ostensivo dos batalhões de cada região”, afirmou o tenente-coronel.

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Polícia

“Não há solução mágica.” Esta foi a resposta do secretário de Estado de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, ao ser questionado sobre os recentes casos de violência ocorridos no Estado do Rio de Janeiro. À frente da secretaria desde janeiro de 2007, o delegado da Polícia Federal ressaltou que não vai se afastar do planejamento estratégico.

“Nós temos um horizonte e não serão fatos negativos que acontecem em uma cidade com 10 milhões de pessoas que vão nos fazer desistir. Precisamos de policiais nas ruas, mas fazer policiais não é um passe de mágica: leva um ano”, ressaltou Beltrame, lembrando o artigo 144 da Constituição Federal, que diz que “a Segurança Pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”.

Polícia

“Não vai ser um policial na rua que vai acabar com a violência, que vai acabar com o tráfico. É um conjunto de fatores do qual todos têm que participar. Não há solução mágica. Quem disser que resolve isso em poucos dias é demagogo. O comandante da PM foi orientado a enxugar os batalhões para que policiais que prestassem serviços administrativos fossem para as ruas e já conseguimos colocar mais 2 mil PMs no policiamento ostensivo”, enfatizou, informando que a corporação possui, hoje, um déficit de 15 mil homens.

Polícia

“Os batalhões estão com deficiência em seus efetivos e nossa missão é pensar em Segurança Pública para daqui a 10 anos. O Rio de Janeiro se acostumou com uma política de segurança a cada semana. Há mais de 40 anos que isso vem ocorrendo no Estado. Na sequência de um fato criminoso de grande repercussão, surgia uma solução mágica para resolver aquele fato episódico, emocional, atitudes que, na verdade, só fizeram aumentar a violência. Não vamos inventar uma política de Segurança Pública por semana para amenizar manchetes de jornais. Isso é engodo”, ressaltou Beltrame.

Polícia

As declarações do Secretário foram feitas na abertura do encontro mensal do Conselho Comunitário de Segurança da 2ª Área Integrada de Segurança Pública (Aisp 2), organizado pela primeira vez na sede do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, na manhã desta quinta-feira, dia 17. O encontro começou com um café da manhã oferecido para autoridades, líderes comunitários e representantes de associações de moradores.

Polícia

Falando para mais de 60 representantes de comunidades e instituições ligadas aos oito bairros que integram a Aisp 2 – Glória, Catete, Laranjeiras, Cosme Velho, Flamengo, Urca, Botafogo e Humaitá -, Beltrame defendeu a tese de que segurança pública também não é uma atribuição exclusiva da Polícia. Exemplificando, ele disse que uma rua bem iluminada também inibe ações criminosas.

Polícia

O conselho comunitário se reúne toda terceira quinta-feira de cada mês em algum lugar dos oito bairros. Os conselhos foram criados em 1999 com o objetivo de estabelecer um canal mais direto de comunicação entre as comunidades e as polícias na busca comum pela redução da violência e da criminalidade. Através de reuniões mensais e cafés comunitários, realizados por cada Área Integrada de Segurança Públia, os comandantes dos batalhões da PM e os delegados de Polícia Civil reúnem-se com representantes de diversos setores da sociedade para analisar e discutir problemas e estratégias de policiamento de cada região.

Polícia

“Aconselho os senhores a convidarem também secretários estaduais e municipais de outras áreas a virem às reuniões para apresentar soluções ou para se justificar por não poderem resolver os problemas. O combate à criminalidade é mesmo difícil e a Polícia sozinha não tem condições de resolver todos os problemas. As pessoas têm que estar envolvidas. O Conselho de Segurança Pública é muito mais que só Polícia e os senhores não estão sós”, destacou Beltrame.

O comandante do 2º Batalhão de Policia Militar (BPM), tenente-coronel Roberto Gil, presidente honorário do Conselho Comunitário de Segurança da Aisp 2 – a presidente efetiva é a líder comunitária Lenir da Costa Matos -, pregou a mesma convicção na política de planejamento estratégico e de combate ostensivo e continuado à marginalidade, defendida pelo secretário, mas pediu a colaboração da população.

Polícia

“Queremos que vocês sejam os olhos e ouvidos do Poder Público. Se cada cidadão se convencer disso e nos ajudar e nos cobrar, a Polícia se sentirá estimulada a prosseguir em sua missão e os resultados vão aparecer”, enfatizou.

O comandante do Bope, tenente-coronel Paulo Henrique Azevedo de Morais, explicou, em seguida, por que decidiu abrir as portas da força especial à reunião comunitária.

Polícia

“Para nós é fundamental discutir Segurança Pública com a população, mesmo sendo o Bope uma tropa de ações específicas, pontuais. Serve para a gente desfazer a imagem um tanto negativa de um certo isolamento e superioridade em relação às outras forças policiais. Nada disso. Nossas ações são esporádicas e pontuais. Quem faz a segurança efetiva da população é o policiamento ostensivo dos batalhões de cada região”, afirmou o tenente-coronel.

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Fotos: Bruno Gonzalez

quadrilha drf (15)

Uma quadrilha “mil e uma utilidades”. Assim poderia ser definido um dos maiores grupos criminosos com atuação no Estado do Rio de Janeiro que começou a ser desarticulado por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), na noite desta terça-feira, dia 15. Após mais de 12 horas de operação, os policiais prenderam dez acusados de integrar a quadrilha que pratica diversos tipos de crime e possui alianças com traficantes, vigilantes de bancos, ex-funcionários de empresas alvos de suas ações e criminosos de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

quadrilha drf (10)

“Essa quadrilha possui ramificações em outros Estados e os integrantes se diversificam, praticando assaltos a banco, roubos de caixas eletrônicos, clonagem de cartões e até mesmo roubos em geral”, ressaltou o delegado Roberto Gomes Nunes, titular da especializada.

quadrilha drf

As investigações tiveram início no mês de maio, depois que cerca de dez homens realizaram um assalto na Secretaria de Saúde de Itaboraí – localizada ao lado do 35º Batalhão de Polícia Militar (Itaboraí). Os cinco homens que invadiram a sede e roubaram R$ 145 mil de seis caixas eletrônicos do banco Itaú existentes no imóvel foram flagrados pelo circuito interno de segurança.

quadrilha drf (1)

Através das imagens gravadas pelas câmeras, os policias conseguiram identificar a maioria dos envolvidos no assalto e passaram a monitorar um deles – Leonardo dos Reis Andrade, o Leozinho ou Magrinho, 32 anos.

Preso pela própria DRF, em abril de 2000, ele já havia sido condenado a oito anos e quatro meses de prisão por roubo e receptação, pela 6ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Ele foi denunciado pelo Ministério Público um mês após ter sido preso e a sentença foi pronunciada em dezembro de 2001.

quadrilha drf (12)

Quando souberam que o criminoso iria para o estacionamento de uma concessionária de veículos na Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, equipes da especializada se dirigiram até o endereço em uma viatura descaracterizada.

Polícia

“Os policiais chegaram antes e se posicionaram na concessionária. Quando chegou, sem saber, o Léo parou ao lado da viatura, que era descaracterizada. Ele saiu do carro e ficou parado, de braços cruzados, demonstrando que esperava alguém. Pouco depois, chegaram outros dois automóveis, de onde saíram outros cinco homens e um travesti”, revelou o delegado, destacando que a ocorrência acabou sendo inusitada.

“A prisão foi curiosa porque, assim que os policiais se aproximaram para fazer a abordagem, os sete levantaram as mãos, dizendo “perdi, chefia” e deitaram no chão. A atitude fez com que eles fossem identificados como “cadeeiros” (criminosos que já passaram pela cadeia)”, contou Roberto Nunes.

Os sete suspeitos foram abordados e, durante a revista, os agentes descobriram que cinco deles possuíam mandados de prisão – sendo que quatro estavam evadidos do sistema penal. Outros dois eram de Minas Gerais. Entre os evadidos, estava o travesti Vilcir Ferreira da Costa, conhecido como Kate, 35 – que fugiu pela porta da frente do Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, no Complexo de Gericinó, em Bangu, no último dia 15 de agosto.

Vilcir Ferreira da Costa, conhecido como Kate, 35 anos

Vilcir Ferreira da Costa, conhecido como Kate, 35 anos

“No presídio a gente usa uniforme, mas pedi que minha família levasse a minha peruca, me vesti e saí como visitante. Foi a terceira vez que saí como visita. Da primeira vez foi em Bangu 2 (Penitenciária Alfredo Tranjan) e da segunda foi no Hélio Gomes (Presídio da Frei Caneca)”, afirmou o travesti, que usava uma peruca preta comprida com franja e tinha unhas dos pés e mãos pintadas.

quadrilha drf (2)

Acusado de participação no seqüestro de Alessandro da Silva Lima – que na época do crime, em janeiro de 1997, tinha 11 anos – ele foi condenado a 52 anos de prisão por seqüestro e homicídio, e chegou a cumprir 15 anos da pena. Preso pela primeira vez em maio de 1995, uma das fugas dele ocorreu em agosto de 2001, sendo recapturado seis meses depois.

quadrilha drf (9)

Com Leozinho e Kate, estavam Leonardo Raimundo Nonato, o Negão, 25, e Rodrigo Daniel Martins, o Cabeção, 27. Os dois são mineiros e moram, respectivamente, em Juatuba e em Belo Horizonte. Os outros integrantes do grupo foram identificados como: André Luiz Inácio Rocha, o André ou Wallace, 31; Edson Fernandes da Silva, o Jabá, Caixote ou Cabeça, 39; e Flávio Rodrigues dos Santos, o Barba ou Barbudo, 37.

quadrilha drf (4)

Este último possui oito anotações criminais, já havia sido condenado a mais de 72 anos de prisão e estava evadido também do Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, desde março deste ano.

Condenado a mais de 21 anos, André Luiz estava evadido da mesma penitenciária, desde outubro do ano passado; enquanto Edson Fernandes – que possui três anotações criminais, por homicídio e formação de quadrilha – estava foragido, desde julho de 2001.

quadrilha drf (13)

“Todos têm participação em vários crimes e com certeza tem mais gente envolvida. Há integrantes da quadrilha responsáveis por apenas aplicar o dinheiro do bando e investir esses valores conseguidos através de crimes, há traficantes que alugam armas, há responsáveis por instalar chupas-cabra em bancos de vários municípios, há ex-funcionários e vigilantes que são aliciados para facilitar a entrada do grupo. A DRF tem se empenhado em identificar e prender todos os envolvidos”, assegurou o delegado.

quadrilha drf (11)

Com a quadrilha, os agentes encontram um mapa da cidade do Rio de Janeiro onde um círculo destacava, com a palavra “alvo”, uma joalheria localizada na Rua Visconde de Pirajá, entre o Jardim de Allah e a Rua Garcia D’Ávila, em Ipanema, na Zona Sul do Rio.

“O mapa foi apreendido, mas ainda não sabemos se eles estavam se reunindo para se preparar para o assalto naquele momento”, explicou Roberto, informando que os policiais também apreenderam um revólver calibre 38 e uma pistola 380, além de munições para os dois calibres.

Sheila do Carmo Borges, 37 anos, Jaqueline Inácio Fernandes, 28 anos, e Isaura Fernandes, 76 anos

Sheila do Carmo Borges, 37 anos, Jaqueline Inácio Fernandes, 28 anos, e Isaura Fernandes, 76 anos

Os sete presos foram autuados por formação de quadrilha e porte ilegal de arma. No início da manhã desta quarta-feira, dia 16, mais três prisões foram efetuadas: Jaqueline Inácio Fernandes, 28, Isaura Fernandes, 76, e Sheila do Carmo Borges, 37, foram surpreendidas com quantidade de cocaína em uma casa em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Todas foram autuadas por tráfico de drogas e indiciadas por roubo.

Isaura Fernandes, 76 anos

Isaura Fernandes, 76 anos

“Temos informação de que duas mulheres participaram do assalto em Itaboraí”, disse Roberto Nunes, afirmando que as presas ontem já tinham passagem pela Polícia e que uma delas – Sheila do Carmo – é mulher de Alan Vieira dos Santos, o Piolho, 26, líder de uma quadrilha de roubo a bancos que já está preso.

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Fotos: Pedro Pantoja

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Uma brincadeira mortal. Assim foi definido o incidente que deixou duas pessoas mortas e outras seis feridas em frente a um centro de reciclagem localizado no interior de um lixão, na Vila Catiri, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, na manhã desta terça-feira, dia 15. Pelo menos oito catadores de lixo jogavam um artefato explosivo de mão em mão quando o mesmo caiu no chão e explodiu. Agentes do Esquadrão Anti-Bombas da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) que estiveram no endereço afirmaram que os estilhaços tiveram um alcance de mais de 20 metros de distância. As marcas podiam ser vistas no telhado e na parede do estabelecimento.

Carlos Eduardo da Silva Chaves, 25 anos

Carlos Eduardo da Silva Chaves, 25 anos

Os catadores Carlos Eduardo da Silva Chaves, 25 anos, e Tiago de Lima Costa, 23, morreram no local. Já Alexandre Ribeiro, 32, que sofreu lacerações na perna esquerda e fratura exposta, foi levado para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, também na Zona Oeste. Ele foi submetido à cirurgia e permanecia internado na unidade, em estado grave, até o final da tarde.

Tiago de Lima Costa, 23 anos

Tiago de Lima Costa, 23 anos

Outros três feridos foram levados para o Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, também na Zona Oeste: Ari Guedes Pacheco, Edson Couto da Silva e Carlos Felipe Pereira foram atingidos por estilhaços e liberados após receber atendimento médico. A sétima vítima, Alexander Lima da Silva, teve queimaduras, escoriações e fratura e foi levado ao Hospital Geral de Bonsucesso, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte, onde permanecia em observação, até o início da noite. O oitavo atingido foi identificado como Alex Couto da Silva, irmão de Edson Couto da Silva.

Polícia

Moradores contaram que a explosão aconteceu quando quatro dos oito catadores de lixo estavam brincando com o artefato, que detonou ao cair no chão. Outra versão diz que eles estariam tentando desmontar a peça – que a Polícia acredita se tratar de uma granada de morteiro de bocal – para vender o material.

Márcia Julião, titular da 34ª DP (Bangu)

Márcia Julião, titular da 34ª DP (Bangu)

Um sargento do Exército que passou pela Estrada do Gericinó momentos antes da explosão prestou depoimento, no início da tarde de ontem, à delegada Márcia Julião, titular da 34ª DP (Bangu).

“Ele disse que viu quatro rapazes brincando com o objeto e depois que passou ouviu o barulho da explosão e acionou a PM. Há quem diga que eles estivessem com o artefato desde quarta-feira sempre brincando. Inclusive, teriam entrado em um bar e dito “isso aqui mata””, revelou a delegada, que irá ouvir os sobreviventes ao longo da semana.

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“O que a gente precisa saber, agora, é de onde veio essa granada. Populares disseram que haveria uma outra. Se tem outra em poder de alguém, faço um apelo para quem a encontrou que leve direto para a delegacia, ou chame a Polícia para que a mesma seja desativada, pois já deu pra perceber o estrago que isso causa”, enfatizou Márcia Julião, que também vai investigar outras versões para o caso, que foi registrado como explosão.

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Um dos primeiros a chegar no local, o comandante do 8º Grupamento de Bombeiros Militar (Campinho) – responsável pela região compreendida entre Santíssimo e Piedade – definiu o que encontrou como uma cena de guerra.

“Parecia uma praça de guerra. As vítimas estavam espalhadas por um raio de 30 metros”, ressaltou o tenente-coronel Luiz Rodrigues, que está à frente do 8º GBM desde o mês de janeiro.

Polícia

“É o primeiro caso de explosão que vejo, desde que assumi o batalhão. Três dos catadores estavam conscientes. Conversei com eles na ambulância e me disseram que estavam com o artefato desde a última quarta-feira. Eles disseram que tentavam amassá-lo para soltar as peças quando houve a explosão”, afirmou o oficial, revelando que as vítimas contaram que esconderam o objeto no terreno em frente a uma loja de material de construção e foram buscá-lo com o intuito de vendê-lo.

Polícia

Padastro de Carlos Eduardo, o motorista Fernando Ferreira, 62, garantiu que esta não teria sido a primeira vez que um artefato das Forças Armadas foi encontrado pelos rapazes.

“O que se acha de material do Exército por aqui não é brincadeira. Vocês não têm idéia. Eles pegavam esse material para vender o chumbo e o ferro para cooperativas da região. Eles já tinham encontrado outra granada, desmontado e vendido o chumbo e o ferro, mas é a primeira vez que acontece um acidente desses. O Dudu trabalhava à noite e na parte da manhã ia vender o que tinha recolhido. Só queria saber de quem é a responsabilidade. Quem é responsável por essas bombas no lixão?”, questionou o motorista.

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Em nota, o Comando Militar do Leste informou que a explosão ocorreu em área fora da jurisdição militar. No entanto, o órgão está tomando todas as providências, na esfera de sua competência, a fim de contribuir com os órgãos diretamente envolvidos com o esclarecimento do caso.

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