Arquivo de abril, 2007

Os policiais militares que forem considerados inaptos para suas funções, por motivos físicos e mentais, poderão continuar a trabalhar em serviços burocráticos, caso o projeto de lei 1.634/04, do deputado Flávio Bolsonaro (PP), volte a ser aprovado pelos parlamentares.

A proposta, que passou, em primeira discussão, ontem, torna opcional para o profissional requerer um exame para avaliar se ele é capaz de trabalhar em alguma outra área da corporação, diferente do serviço de rua.

“Muitas vezes um policial perde um dedo, o que o torna incapaz para usar um revólver, mas ele ainda é apto para uma série de serviços burocráticos, como trabalhar na central de atendimento do 190. Continuando a trabalhar, este servidor terá a chance de se aposentar com o tempo total de serviço e ainda poderia ser promovido, aumentando o seu salário. Além disso, este profissional pode ser responsável pela liberação de um policial considerado apto a trabalhar na rua”, explicou Bolsonaro.

Estava esses dias querendo me pronunciar sobre um assunto, mas não estava tendo tempo para organizar meus pensamentos e escolher as palavras…

Vieram me acusar – mais uma vez – de defender a Polícia. Eu sempre evito incentivar esta discussão, mas acho que chegou a hora de falar abertamente sobre o assunto. Ainda que eu saiba que de nada vai adiantar. Quem quer pensar, acreditar e dizer que eu defendo A ou B, vai continuar pensando, acreditando e dizendo.

Mas, me pergunto: onde estão os bons jornalistas? Os bons repórteres? Aqueles que ainda sabem o que é fazer o contraditório – e ainda o fazem.

Um outro jornal aqui da região – onde eu também já trabalhei – publicou matéria sobre denúncia de um desempregado que acusava PMs de tortura. Até aí, se está na pauta, tudo bem.

Eu até também publiquei a mesma matéria (quero dizer, mesma, não). Cobri a mesma pauta. Mas ouvi a versão dos acusados.

Será que é tão difícil deixar que todos os envolvidos e citados numa reportagem se pronunciem? Será que é tão difícil ouvir todos os lados??

Para mim, é óbvio que a inversão de valores já existe, faz tempo, em vários âmbitos de nossas vidas, de nossas rotinas, de nossos cotidianos. Mas eu luto para reverter esse quadro, e não para me adequar a ele…

Agora, a inversão de valores chega ao Jornalismo…

Eu dou voz não só ao acusador, mas também aos acusados, e sou acusada de proteger a Polícia.

Ora… Isso não é proteção… Isso não é favor… Isso é dever. Responsabilidade minha.

Se eu dou oportunidade da pessoa se defender, dar sua versão, é direito dela querer falar ou não. Se ela não fala, paciência. Não quis se pronunciar. Mas se ela quer, como vou virar as costas, tapar os ouvidos, ignorar??

Isso é defender a Polícia? Isso é defender os policiais?

Ou isso é defender o direito que eles (também) têm de ter direitos? O principal deles – o de se defender…

Acho engraçado… Existem pessoas que defendem os direitos das crianças, do meio ambiente, dos animais de rua, e até gente que defende os direitos de bandidos, assassinos, assaltantes, seqüestradores…

Por que quando aparece alguém que – julgam eles – defende os direitos de um policial (seja um, sejam vários, seja a pessoa ou a instituição), as pessoas se tornam tão indignadas???

Sinceramente? Vou parar de me preocupar com esse título “defensora de Polícia”. Não vão conseguir me fazer ter vergonha por fazer o que é certo. E continuarei dando a César o que é de César.

Oi, pessoal !

A pedidos de amigos, acatei a sugestão de mudar de endereço….

Mas, além disso, nada mais vai mudar. O conteúdo continuará o mesmo.

 E continuo contando com a colaboração de todos.

Espero que os novos recursos atendam às expectativas dos leitores e também dos amigos que acompanham o Pauta do Dia desde julho de 2003 (pois é… estamos caminhando para o aniversário de 4 anos!!)

Algumas postagens serão reeditadas. Mas as novidades não serão esquecidas.

😉

 Um beijo em todos!

Hello world!

Publicado: 24 de abril de 2007 em Uncategorized

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