Apenas um morto no Salgueiro não possuía antecedentes nem usava roupa camuflada

Cinco dos oito mortos retirados do mangue no Complexo do Salgueiro, no bairro de mesmo nome, em São Gonçalo, já tinham passagens pela Polícia.

Seis (incluindo dois que ainda não tinham antecedentes criminais) estavam vestidos com roupas camufladas – o figurino é usado por integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) que controlam o tráfico de drogas na região.

Um deles aparece em fotos publicadas em redes sociais ostentando um fuzil. É o menor Kauã Brenner Gonçalves Miranda, 17 anos, conhecido como 2K.

Os outros foram identificados como
Ítalo George Barbosa de Souza Rossi, o Sombra, 33 – apontado como chefe do tráfico no Morro do Coió, no bairro Lindo Parque (controlado pela mesma facção que o Salgueiro), tinha seis passagens por crimes como porte ilegal de arma de fogo, homicídio qualificado, associação para o tráfico de drogas e corrupção ativa -; Jonathan Klando Pacheco Sodré, 28 – com três passagens por roubos e tráfico de drogas, estava evadido do sistema prisional do Pará; Rafael Menezes Alves, também de 28, tinha anotações por tráfico de drogas e corrupção de menores; Carlos Eduardo Curado de Almeida, 31, tinha passagens por tráfico de drogas, receptação, uso de documento falso, desobediência e ameaça.

Todos os quatro usavam roupas camufladas, assim como Douglas Vinicius Medeiros da Silva, 28. Ele nunca tinha sido preso.

Os únicos dois que não vestiam uniforme foram identificados como Élio da Silva Araújo, 52 – que possuía anotação por esbulho possessório – e David Wilson Oliveira Antunes, 23 – que não tinha passagens.