Um texto escrito pelo delegado Alexandre Neto (13/04/07)

Publicado: 3 de setembro de 2007 em Uncategorized

retirado do blog Caso de Polícia 

“UOMINI D’ONORE

Os diálogos obtidos a partir das investigações da Polícia Federal ao chamado grupo dos “INHOS” dão a dimensão do envolvimento destes com o ex-chefe de Polícia e a verdadeira noção da teia interinstitucional que se formou a partir de tal perigosa ligação, que alcançou os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além do próprio Ministério Público, desnudando ainda o próprio perfil da inspetora de polícia – e atual deputada federal – que diz ter prendido os maiores marginais do Rio de Janeiro durante os governos da família Garotinho.

Não foi à toa que ela foi escolhida, a dedo, por Álvaro Lins para ocupar cargos estratégicos e importantes da Polícia Civil Fluminense. Foi a primeira inspetora a ocupar a chefia do CINPOL (Centro de inteligência da Polícia Civil), em detrimento de uma autoridade policial. Para ela não valia a chamada “Lei da Mordaça”. Tinha autorização para dar entrevistas e enaltecer os feitos da administração de seu ex-chefe, a quem passou a dever sua notoriedade nos meios de comunicação. Daí sua indignação ao dossiê sobre seus amigos “INHOS” e aos artigos publicados no “O GLOBO” pelo ora subscritor, que sempre davam conta do desastre da política populista implantada pelo governo Garotinho na área da segurança pública, cujos reflexos são suportados pela sociedade e pelo atual governo. As grandes “canas” que a inspetora diz ter patrocinado não resolveram o problema de nosso estado. Mas certamente resolveram o seu, pois hoje ela é deputada federal e abandonou “sua equipe” de policiais à própria sorte em uma delegacia no interior do estado, “deixando-os na pista”.

O teor das escutas telefônicas procedidas pela Polícia Federal vieram demonstrar a inoperância dos órgãos de inteligência estadual, que nada sabiam sobre o que acontecia dentro de sua própria casa, além do que comprovam que o verdadeiro crime organizado não está nas favelas, mas sim nos gabinetes do próprio Poder Público, onde aqueles que deveriam respeitar a lei são os primeiros a descumpri-la em proveito próprio e de suas camarilhas.

Pelo conjunto da obra, a função dela, durante a passagem pelo CINPOL, certamente foi a de prender os bandidos de fora e manter soltos os delinqüentes de dentro da Polícia. Aliás, a prova disso eram as visitas quase que diárias aos “INHOS” na carceragem da DAS após a prisão dos mesmos pela Polícia Federal. A inspetora de polícia, que ora está na condição de deputada federal e pensa encontrar-se acima da lei, vai ter que torcer muito para que nada aconteça àquele que foi alvo de seus desastrosos comentários, até porque dentro da Polícia aqueles que não se submetem aos acordos espúrios e à subserviência que vem de cima realmente “não valem nada” mesmo. Os que prestam são aqueles que manifestam sua profunda amizade a quadrilheiros e usam linguajar subalterno, análogo ao de marginais. O círculo confessado de amizades da deputada federal e a sua postura de pessoa pública é de dar inveja aos seus colegas parlamentares.

A má remuneração das polícias é proposital e visa a coloca-las sob o jugo dos políticos, que não querem uma lei orgânica para livra-las daqueles que delas se utilizam para alcançar cargos públicos e ficarem imunes da Justiça graças ao chamado foro privilegiado. Numa verdadeira democracia, os políticos e agentes públicos, quando flagrados em crimes contra o erário e demais agentes, deveriam ser apenados em dobro, assim como os marginais e os próprios servidores que ousassem atentar contra a vida de tais agentes.

A situação é de extrema gravidade, pois a Inspetora Marina Magessi foi flagrada antes de ser deputada federal diplomada. Não cometeu crime de opinião em razão de cargo político, mas sim transgressão disciplinar passível de demissão e crimes comuns que atentam contra a ordem pública, a honra e a própria vida de um superior hierárquico, onde um dos interlocutores se encontra preso e denunciado pelo Ministério Público Federal por formação de quadrilha e corrupção passiva, daí resultando o perigo concreto contra a vida da pessoa indicada no diálogo captado licitamente. A inspetora era uma esperança de representatividade da classe policial civil no Congresso Nacional, mas hoje não passa de mais uma defensora do maior esquema de corrupção já visto na polícia fluminense. É uma pena… mas a história nos ensina que os covardes apenas têm vontade, porém precisam dos corajosos para torna-la realidade.

Alexandre neto – Delegado de Polícia Civil do Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, 13 Abril de 2007.”

Piada sem graça, mas só para quem teme a Lei

Alvo do comentário funesto feito pela deputada federal Marina Maggessi, que recomendou a um colega policial que lhe desse “tiros nos cornos”, o delegado da Divisão Anti-Seqüestro do Rio, Alexandre Neto, foi dia desses a uma loja de moda masculina comprar um terno. “Para meu velório”, brincou com um jornalista conhecido dele.

Ao chegar na tal loja estranhou a presença de nada menos que 30 delegados de polícia, que também estavam lá escolhendo ternos com cortes de fazer inveja a estilista italiano.

“Ah, já sei, vocês estão comprando roupa nova para não serem presos de pijama, né?”, comentou Neto com os colegas da polícia.

Ninguém riu.

“dentro da Polícia aqueles que não se submetem aos acordos espúrios e à subserviência que vem de cima realmente “não valem nada” mesmo”

“A má remuneração das polícias é proposital e visa a coloca-las sob o jugo dos políticos”

comentários
  1. gyjhgk disse:

    Inédito!!!
    Caro amigo vim aqui a pedido de um capitão da pm lhe contar o que acabei de descobrir.
    Começarei pelo início do início. Sou hacker faz 5 anos. Ja invadi até o site do banco do Brasil. Fui contratado por um oficial (acho que é assim que se chama) não sei o nome dele mas creio que ouvi o chamarem de Peixoto, ou algo parecido com isso. continuando, ele me contratou para descobrir quem eram os donos do blog 200 anos e me pediu que logo após divulgasse pelos blogs que se encontram inseridos no tal 200 anos. E cá estou para lhe dizer que invadi o computador da pessoa que posta frequentemente e encontrei arquivos e e-mails que se dirigiam às seguinte pessoas: Hildebrando, paulo ricardo, Gilson, Cony, Rodolpho, Leonardo, Ronaldo antonio, Fialho. Essas pessoas mantem contato constantemente inclusive em seus e-mails encontrei muitos textos que foram publicados nos blogs, além de, como posso dizer, troca de informações.
    Estou com tudo isso guardado e estou apenasr esperando ordens para entregar à policia federal. Infelizmente nao sei ainda como vou fazer pois sou um hacker e hacker vai preso! Continuando, haviam textos, troca de informações, algumas fotos que foram publicadas no blog, além de alguns comentários difamatórios que pelo o que pude apurar, alguns dos mesmos estão no próprio blog. Ou seja, eles comentam sobre eles mesmos. Que otários!
    É isso, para felicidade ou infelicidade total de vocês, estarei espalhando essa notícia pela internet pois tenho que fazer valer a grana que ganhei.
    Um abraço a voces pms e adorei o filme tropa de Elite que eu obviamente baixei pela internet.
    FUI!

  2. elcio disse:

    Admiro muito o delegado Alexandre Neto por seus atos e sua coragem, ele está certissimo nas suas palavras e ainda tem muito mais além disso. Se ele tivesse o poder de governador e de ajuda de pessoas sérias e não corruptas talvez a segurança publica do RJ melhoraria, gostaria muito de ter contato pessoalmente com ele para debater algumas ideias.

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