Arquivo de 25 de julho de 2011

Inconformado com o término do relacionamento de três anos, o açougueiro Washington Martins de Araújo, 31 anos, resolveu atacar os familiares da ex-mulher e acabou matando a ex-cunhada com uma facada, na Favela do Rato Molhado, em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, no início da manhã deste domingo, dia 24 de julho. Na ação, ele também atingiu o marido da vítima com uma facada no abdômen, mas acabou sendo preso em flagrante por policiais do 12º BPM (Niterói).

O crime ocorreu por volta das 5h30 na Travessa Thaís, no alto da comunidade. De acordo com a Polícia, o açougueiro invadiu a casa da manicure Josiane de Oliveira Galdino, 31, e lhe deu uma facada na altura do peito. O marido da vítima, o vendedor Fabiano Ribeiro Batista, 34, tentou defender a mulher e também acabou sendo esfaqueado.

Após cometer o crime, o acusado tentou fugir, mas foi alcançado por moradores da comunidade. Eles acionaram os policiais do 12º BPM lotados no Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) de Itacoatiara, que prenderam o açougueiro em flagrante. A manicure morreu no local. Já o vendedor foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, na Zona Norte de Niterói, onde foi submetido a uma cirurgia. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, ele teve o estômago perfurado, mas não corre risco de morrer. Seu estado de saúde é considerado estável.

Segundo familiares, o acusado possui um histórico de violência contra a ex-mulher, de 29 anos, o que teria provocado o fim do relacionamento. Ele teria ficado com ciúmes pelo fato da vítima ter levado a irmã para uma festa junina, no Engenho do Mato.

“Infelizmente, a violência doméstica ocorre diariamente, mas de forma silenciosa dentro das casas. Esse assunto precisa ser discutido de maneira mais séria para que não aconteça com outras pessoas o que ocorreu com minha família. Isso serve de exemplo para que as mulheres denunciem esse tipo de coisa antes que termine assim”, desabafou o professor de capoeira Humberto Salustiano Galdino, 33, irmão da vítima.

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Foram quase 24 horas de angústia, mas a história da recém-nascida Ayana Millan Barbosa de Moraes – seqüestrada por uma falsa médica que invadiu a Casa de Saúde São José, no Zé Garoto, em São Gonçalo, na última sexta-feira, dia 22 de julho – teve um final feliz, na madrugada deste domingo, dia 24 de julho, quando mãe e filha se reencontraram.

Acompanhada por um advogado, a autora do crime, identificada como Tanit Cardoso Peixoto, 27 anos, se apresentou espontaneamente com o bebê na 154ª DP (Cordeiro), na tarde de sábado, dia 23. Mãe de dois filhos homens, a acusada alegou aos policiais que cometeu o crime durante um surto psicótico após passar pela decepção de não conseguir adotar uma criança. Segundo a Polícia, Tanit contou que a Justiça chegou a conceder a guarda provisória de uma menina para ela, mas a mãe da criança desistiu de submetê-la à adoção.

Policiais do 11º BPM (Nova Friburgo) informaram que já haviam recebido informações de que a acusada era uma moradora de Cordeiro, na Região Serrana, e faziam buscas pela mulher e a criança na região. Os PMs foram à casa do pai de Tanit, que confirmou toda a história, mas ela já havia seguido para a delegacia para se entregar.

O delegado Geraldo Assed, titular da 72ª DP (Mutuá), viajou até Cordeiro para buscar a seqüestradora e o bebê. O reencontro de Ayana com os pais, o auxiliar de produção Joffre Lazarius, e a atendente de cadastro Eliza da Silva Barbosa, ambos de 27 anos, foi marcado por muita emoção na Casa de Saúde São José. Medindo 48 cm e pesando 2.735 kg, a menina, que nasceu aos cinco minutos da última sexta-feira, voltou para os braços da família após ficar sob o poder da seqüestradora.

Segundo as investigações, a acusada passou por outros dois hospitais antes de raptar a pequena Ayana na Casa de Saúde São José. Ela foi impedida por seguranças de entrar no Hospital Infantil Darcy Vargas, no Zé Garoto, onde alegou que visitaria a filha de uma amiga que acabara de nascer. Contudo, ela conseguiu entrar no Hospital e Clínicas São Gonçalo, no mesmo bairro, onde tentou roubar a pequena Gabrielly, que estava no quarto 310.

O pai do bebê, o autônomo Elias Helon Ferreira Chermont, 20, contou que sua mulher estava no banheiro, quando a mulher entrou no quarto, se identificou como berçária e disse que levaria a criança para fazer exames. A tia da mãe do bebê se ofereceu para acompanhá-las, mas ela foi desmascarada por uma técnica de enfermagem da unidade médica e expulsa do local.

De lá, Tanit partiu para a Casa de Saúde São José, onde se apresentou como sendo a pediatra Taísa Quércia. Ela fingiu examinar a criança e disse que a levaria para exames no berçário. A mulher foi flagrada pelas imagens do circuito interno de segurança deixando o hospital, às 17h50, após entrar no banheiro com a criança no colo e sair levando-a dentro de uma bolsa preta de bolinhas brancas.

Na manhã de sábado, a Polícia descobriu que Tanit comprou o jaleco e o estetoscópio cor de rosa, usado no dia do crime, em uma loja de material hospitalar, no Zé Garoto. Ela pagou pelos objetos usando um cartão de débito, o que levaria à sua identificação.

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