Arquivo de junho, 2010

Fotos: Bruno Eduardo Alves

Cerca de R$ 25 mil. Esse era o valor que seria pago a cada um dos acusados de envolvimento no atentado ao prefeito de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho, 43 anos, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). A informação foi divulgada nesta segunda-feira, dia 28 de junho, pelo delegado Paulo Henrique Pinto, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DH-Nit/SG).

A especializada foi a responsável por descobrir o plano, que foi colocado em prática na última semana. Na ocasião, os quatro acusados foram presos por equipes da DH-Nit/SG na Rua Francisco Pires Mendonça, no bairro Praia Grande, em frente à casa do prefeito. Identificados como Valter Menezes da Silva, 55 anos, Renato Jerônimo da Silva, 40, Carlos Roberto Marreto Júnior, 35, e Joelma Moura de Lima, 38, eles já teriam recebido R$ 50 mil. O restante seria pago depois que o crime fosse consumado.

Joelma Moura de Lima, 38 anos

Dos quatro acusados, apenas Joelma, que era manicure, residia na cidade. Todos já possuíam anotações criminais anteriores, por assaltos, furtos, e porte ilegal de arma. Os motivos do atentado, assim como seus mandantes, ainda estão sendo investigados pela Polícia.

O político esteve na delegacia, localizada no Centro de Niterói, na manhã de ontem, e prestou depoimento afirmando que não possui inimigos e nem estava sendo ameaçado. O dinheiro da primeira parcela do pagamento efetuado ao quarteto foi apreendido pelos policiais, juntamente com uma foto do prefeito de Arraial do Cabo.

Valter Menezes da Silva, 55 anos

O delegado Paulo Henrique Pinto explicou que, na noite do último dia 21, o cunhado do prefeito chegou cerca de cinco minutos antes de Andinho na residência do político, em uma rua sem saída na Praia Grande, quando percebeu e estranhou um homem de boné com abas largas sentado no portão da vítima.

O suspeito era Carlos Roberto Marreto, que ainda sacou uma arma para render o cunhado do prefeito, que conseguiu fugir e pedir ajuda a policiais lotados no 25º BPM (Cabo Frio). O criminoso foi resgatado por comparsas, que estavam em um Fiat Palio de cor escura, placa de Miguel Pereira, estacionado nas proximidades.

Carlos Roberto Marreto Júnior, 35 anos

A cerca de dez minutos da casa do prefeito, no bairro Figueira, Renato, Carlos e Valter foram presos e levados para 126ª DP (Arraial do Cabo), onde foram reconhecidos por envolvimento em um assalto à residência ocorrido no último dia 1º de junho.

Logo após a prisão, a Secretaria de Estado de Segurança Pública acionou a DH-Nit/SG, que conseguiu apurar que os três envolvidos, juntamente com a manicure, haviam sido contratados para assassinar o prefeito de Arraial do Cabo. A especializada recebeu informações de que os presos andavam sempre com a mochila cheia de dinheiro e com o retrato do prefeito, para facilitar a identificação.

Renato Jerônimo da Silva, 40 anos

“Eles receberam R$ 50 mil de adiantamento e receberiam mais R$ 50 mil após o crime. Joelma, por ser manicure, conhecia as vítimas e estilo de vida que elas levavam e por isso fornecia essas informações aos demais membros da quadrilha. O trio já estava rondando a casa do prefeito, aguardando a melhor oportunidade para tentar matá-lo. Inclusive, junto com outras pessoas da cidade, já estiveram na casa da vítima, porque o prefeito atendia representantes de comunidades aos sábados”, afirmou o delegado Paulo Henrique, ressaltando que qualquer pessoa pode colaborar com as investigações, tanto em relação aos assaltos praticados pela quadrilha, quanto pela trama para matar o prefeito Wanderson Cardoso, que foi eleito há pouco mais de um ano.

“Estamos trabalhando bastante no caso, mas qualquer pessoa pode nos ajudar, através dos telefones 2253-1177, do Disque-Denúncia, ou 2718-5361, da própria delegacia, para chegarmos aos mandantes e nos motivos desse atentado. Se a pessoa quiser dar um depoimento, ela poderá fazer em qualquer local que desejar. Mandaremos os agentes ao seu encontro. Tudo será mantido em sigilo. Precisamos da ajuda da população nessa hora”, ressaltou o delegado.

Prefeito de Arraial do Cabo, Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho, 43 anos

Na saída da delegacia, o prefeito do município da Região dos Lagos revelou desconhecer motivos para que alguém pagasse R$ 100 mil pela encomenda de sua morte.

“Comecei na vida pública muito cedo, há mais de 20 anos. Sempre entendi que não havia motivos para reforçar a segurança por conta de assuntos dessa natureza. Infelizmente agora vou ter que providenciar segurança pessoal e não vou mais poder atender a população nos fins de semana em minha residência. O governador e o secretário de Segurança já estão cientes do que aconteceu”, contou Andinho.

Fotos: Bruno Eduardo Alves

Cerca de R$ 25 mil. Esse era o valor que seria pago a cada um dos acusados de envolvimento no atentado ao prefeito de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho, 43 anos, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). A informação foi divulgada nesta segunda-feira, dia 28 de junho, pelo delegado Paulo Henrique Pinto, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DH-Nit/SG).

A especializada foi a responsável por descobrir o plano, que foi colocado em prática na última semana. Na ocasião, os quatro acusados foram presos por equipes da DH-Nit/SG na Rua Francisco Pires Mendonça, no bairro Praia Grande, em frente à casa do prefeito. Identificados como Valter Menezes da Silva, 55 anos, Renato Jerônimo da Silva, 40, Carlos Roberto Marreto Júnior, 35, e Joelma Moura de Lima, 38, eles já teriam recebido R$ 50 mil. O restante seria pago depois que o crime fosse consumado.

Joelma Moura de Lima, 38 anos

Dos quatro acusados, apenas Joelma, que era manicure, residia na cidade. Todos já possuíam anotações criminais anteriores, por assaltos, furtos, e porte ilegal de arma. Os motivos do atentado, assim como seus mandantes, ainda estão sendo investigados pela Polícia.

O político esteve na delegacia, localizada no Centro de Niterói, na manhã de ontem, e prestou depoimento afirmando que não possui inimigos e nem estava sendo ameaçado. O dinheiro da primeira parcela do pagamento efetuado ao quarteto foi apreendido pelos policiais, juntamente com uma foto do prefeito de Arraial do Cabo.

Valter Menezes da Silva, 55 anos

O delegado Paulo Henrique Pinto explicou que, na noite do último dia 21, o cunhado do prefeito chegou cerca de cinco minutos antes de Andinho na residência do político, em uma rua sem saída na Praia Grande, quando percebeu e estranhou um homem de boné com abas largas sentado no portão da vítima.

O suspeito era Carlos Roberto Marreto, que ainda sacou uma arma para render o cunhado do prefeito, que conseguiu fugir e pedir ajuda a policiais lotados no 25º BPM (Cabo Frio). O criminoso foi resgatado por comparsas, que estavam em um Fiat Palio de cor escura, placa de Miguel Pereira, estacionado nas proximidades.

Carlos Roberto Marreto Júnior, 35 anos

A cerca de dez minutos da casa do prefeito, no bairro Figueira, Renato, Carlos e Valter foram presos e levados para 126ª DP (Arraial do Cabo), onde foram reconhecidos por envolvimento em um assalto à residência ocorrido no último dia 1º de junho.

Logo após a prisão, a Secretaria de Estado de Segurança Pública acionou a DH-Nit/SG, que conseguiu apurar que os três envolvidos, juntamente com a manicure, haviam sido contratados para assassinar o prefeito de Arraial do Cabo. A especializada recebeu informações de que os presos andavam sempre com a mochila cheia de dinheiro e com o retrato do prefeito, para facilitar a identificação.

Renato Jerônimo da Silva, 40 anos

“Eles receberam R$ 50 mil de adiantamento e receberiam mais R$ 50 mil após o crime. Joelma, por ser manicure, conhecia as vítimas e estilo de vida que elas levavam e por isso fornecia essas informações aos demais membros da quadrilha. O trio já estava rondando a casa do prefeito, aguardando a melhor oportunidade para tentar matá-lo. Inclusive, junto com outras pessoas da cidade, já estiveram na casa da vítima, porque o prefeito atendia representantes de comunidades aos sábados”, afirmou o delegado Paulo Henrique, ressaltando que qualquer pessoa pode colaborar com as investigações, tanto em relação aos assaltos praticados pela quadrilha, quanto pela trama para matar o prefeito Wanderson Cardoso, que foi eleito há pouco mais de um ano.

“Estamos trabalhando bastante no caso, mas qualquer pessoa pode nos ajudar, através dos telefones 2253-1177, do Disque-Denúncia, ou 2718-5361, da própria delegacia, para chegarmos aos mandantes e nos motivos desse atentado. Se a pessoa quiser dar um depoimento, ela poderá fazer em qualquer local que desejar. Mandaremos os agentes ao seu encontro. Tudo será mantido em sigilo. Precisamos da ajuda da população nessa hora”, ressaltou o delegado.

Prefeito de Arraial do Cabo, Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho, 43 anos

Na saída da delegacia, o prefeito do município da Região dos Lagos revelou desconhecer motivos para que alguém pagasse R$ 100 mil pela encomenda de sua morte.

“Comecei na vida pública muito cedo, há mais de 20 anos. Sempre entendi que não havia motivos para reforçar a segurança por conta de assuntos dessa natureza. Infelizmente agora vou ter que providenciar segurança pessoal e não vou mais poder atender a população nos fins de semana em minha residência. O governador e o secretário de Segurança já estão cientes do que aconteceu”, contou Andinho.

O corretor de imóveis André Felipe Perlingeiro, 30 anos, foi baleado após ser vítima de um assalto em Icaraí, Zona Sul de Niterói, na madrugada desta sexta-feira, dia 18 de junho. De acordo com a Polícia, ele havia acabado deixar a namorada em casa, na esquina entre as ruas Tavares de Macedo e Lopes Trovão, em frente à padaria Pão e Etc, quando um homem que seguia a pé pela via anunciou o assalto.

A vítima estava em sua motocicleta Tornado, placa KWV-1141, e não teria ouvido a ordem de parar dada pelo criminoso, que acabou efetuando um disparo em sua direção. O corretor foi atingido nas costas e caiu da moto. O bandido fugiu levando o veículo.

Consciente e se queixando de falta de ar, a vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no Fonseca, na Zona Norte de Niterói. Em seguida, ele foi transferido para o Hospital de Clínicas de Niterói (HCN), no Centro, sendo internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI). De acordo com o boletim médico divulgado pela assessoria de imprensa da unidade, André foi atingido nas costas, mas a bala atravessou, não havendo, portanto, a necessidade de uma intervenção cirúrgica. Seu estado de saúde é considerado estável. O crime está sendo investigado por policiais da 77ª DP (Icaraí).

“Mãos ao alto. Isso é um… controle remoto”? Parece piada, mas era com um aparelho utilizado para alterar as funções da TV que Ivan Madaleno, 47 anos, praticava uma série de assaltos, na Zona Sul de Niterói.

Após receberem a denúncia de uma estudante que havia acabado de ser vítima do criminoso, policiais do 12º BPM (Niterói) conseguiram abordá-lo na esquina entre a Avenida Sete e a Rua Geraldo Martins, no Jardim Icaraí, na noite desta sexta-feira, dia 18 de junho. Ao perceber a aproximação dos PMs, ele ainda tentou se desfazer dos objetos roubados e, principalmente, do controle remoto. Com Ivan, que costumava agir em uma bicicleta vermelha, os policiais recuperaram um aparelho de celular, um relógio, além de R$ 36 em espécie.

Encaminhado à 77ª DP (Icaraí), o assaltante foi reconhecido por duas vítimas, entre elas uma funcionária do Instituto Abel, e acabou autuado por roubo. Cerca de 20 jovens que estavam em uma festa, e acompanhavam uma das vítimas, foram para frente da delegacia e comemoraram a prisão. O criminoso foi levado para a Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), em Neves, onde ficará à disposição da Justiça.

Crack avança em São Gonçalo e Niterói

Publicado: 27 de junho de 2010 em Uncategorized

Perambulando feito zumbis em busca de uma mistura química letal – cocaína adicionada a bicabornato de sódio e outros tipos de solventes –, um personagem vem se tornando recorrente nas ruas e proximidades de comunidades dominadas pelo tráfico de drogas em São Gonçalo e Niterói. Apelidados de crackudos ou crackeiros, os viciados em crack são criminalizados e provocam repulsa na população, ocultando um problema de saúde pública que avança na região.

As estatísticas de apreensões realizadas pela Polícia Militar apontam para o aumento no número de usuários da droga nos dois municípios. De acordo com levantamentos realizados pela Central do Disque-Denúncia, as apreensões desse tipo de entorpecente em São Gonçalo, nos cinco primeiros meses desse ano, já correspondem a 84% do total da droga apreendida no ano passado no município. Cerca de 10% das denúncias sobre tráfico de drogas na região relatam sobre a venda ou consumo de crack. No mesmo período de 2009, esta proporção foi de 3,9%.

Dados do Setor de Planejamento de Operações (P-3) do 7º BPM (São Gonçalo) reforçam esse crescimento. De janeiro a maio do ano passado, os policiais militares tiraram das ruas aproximadamente 2,7 quilos da droga. Já esse ano, no mesmo período, esse número chegou a 7,5 quilos. Somente no último mês foram registradas 14 apreensões, totalizando 3,2 quilos do entorpecente retirados das bocas de fumo do município.

“Os próprios índices já denotam o avanço considerável da droga na área de abrangência do nosso batalhão. O crack é uma droga cruel, devastadora, que está chegando com força no município. Estamos atentos a esse movimento e realizando operações pontuais, com o apoio da Companhia de Cães, nos locais onde há maior incidência do entorpecente”, comentou o subcomandante do 7º BPM (São Gonçalo), major Castro Netto.

Para a psicóloga Helen Fontes, diretora da Comunidade S8 – entidade não-governamental com sede em Marambaia, São Gonçalo, e que há 38 anos atua na prevenção e no tratamento de dependentes químicos –, o avanço do crack não deve ser combatido apenas a partir da perspectiva policial.

“O crack deve ser tratado, essencialmente, como uma questão de saúde pública. A repressão policial é importante, mas torna-se ineficaz quando isolada de políticas de prevenção e tratamento ao usuário. Esse processo acaba por estigmatizar o dependente da droga”, aponta Helen.

Ainda de acordo com a psicóloga, no início da década de 1990, as internações de dependentes de crack na Comunidade S8 eram raras e os poucos que buscavam tratamento vinham de São Paulo. Hoje, segundo ela, os viciados na droga já representam 25% do total de internações na entidade.

“Por conta desse crescimento, faz-se necessário, e urgente, concentrar as atenções para as atividades preventivas, com campanhas educacionais nos mesmos moldes das de prevenção ás doenças sexualmente transmissíveis. A internação é o estágio do tratamento para quem está na dependência química disfuncional, ou seja, no popular ‘fundo do poço’, no qual a droga já devastou a vida familiar e profissional do indivíduo”, acrescentou a especialista.

Vidas marcadas por uma droga devastadora

Quem chegou ao chamado ‘fundo do poço’ foi o autônomo Fernando José de Lira, de 29 anos. Com 17 anos, ele começou a usar maconha e cocaína, cujos efeitos já não o satisfaziam mais, após sete anos de consumo intenso.

“Quanto mais você usa a droga, ela vai se tornando cada vez mais fraca. Foi quando, através de pessoas que eu considerava minhas amigas, conheci o crack. Comecei a fumá-lo com 24 anos de idade. Para ter acesso à droga, passei a vender os poucos pertences que tinha e, quando já não tinha mais nada, fui morar na rua e passei a roubar. Fingindo estar armado ou com uma faca na mão, meus alvos preferenciais eram turistas da Zona Sul do Rio. Em um desses crimes, cometido no ano passado em Botafogo, fui preso e condenado a dois anos de cadeia. Após cumprir parte da pena, senti que era hora de procurar ajuda, mas o desprezo com as que as pessoas me olhavam na rua tirava as poucas forças que eu tinha. Não tive pai e a pouca educação que minha mãe me deu o crack roubou. Felizmente, consegui ajuda com amigos de uma igreja evangélica, que me encaminharam para a internação. Hoje, estou comemorando 50 dias ‘limpo’ (sem usar drogas) e aprendi uma lição: a corda que pode nos tirar do fundo do poço está sempre na nossa frente, basta queremos enxergá-la ”, sorriu Fernando.

Mãe de três crianças com idades entre 3 a 10 anos, a dona de casa Renata Gomes Pereira, de 27 anos, também conheceu o crack através de amigos. Ela conta que passava por problemas pessoais, quando buscou na droga um refúgio para não enfrentá-los.

“Eu falava que não ia me viciar nunca. Do dia em que provei até o auge do meu vício, cheguei a perder 15 quilos. Vendi tudo o que tinha dentro de casa para comprar crack, inclusive brinquedos dos meus próprios filhos. Roubei dinheiro da minha mãe, pedi droga fiado a traficantes e cheguei a ficar uma semana dentro de uma casa fumando sem comer. Por pouco não morri e hoje completam seis meses e 16 dias que estou ‘limpa’”, comemora a dona de casa que, assim como Fernando, conseguiu apoio na Comunidade S8.

Resultado da mistura de cocaína com bicarbonato de sódio, o crack – geralmente fumado em cachimbos improvisados com latinhas de metal e copos descartáveis – é considerado uma forma impura da cocaína. O nome deriva do verbo “to crack”, que, em inglês, significa quebrar, uma referência aos pequenos ruídos produzidos pela queima das pedras durante o consumo. Apesar de ser mais barato do que a cocaína, ele possui poder alucinógeno e destrutivo de cinco a sete vezes maior que esse entorpecente. Segundo especialistas, a droga leva apenas 10 segundos para fazer efeito, gerando, inicialmente, euforia e excitação. Em um segundo momento, essa sensações desaparecem, logo os neurônios começam a ser lesados e o coração entra em descompasso. O usuário corre o risco de ter hemorragia cerebral, fissuras, constantes alucinações e delírios, convulsões, infarto agudo, que podem levá-lo à morte.

Do cachimbo ao cérebro: o caminho do crack no organismo

1. A fumaça aspirada passa pelos alvéolos pulmonares;
2. Via alvéolos, o crack cai na circulação e atinge o cérebro;
3. No sistema nervoso central, a droga age diretamente nos neurônios. Com isso, as atividades motoras e sensoriais são superestimuladas. A droga aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca;
4. A droga é distribuída pelo organismo por meio da circulação sanguínea;
5. No fígado, ele é metabolizado;
6. A droga é eliminada pela urina.

Governo federal promete investimento de R$ 410 milhões em plano anti-crack

No último dia 20 de maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou durante a 13ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios um decreto que institui o Plano Integrado para Enfrentamento do Crack no país. O tema será tratado a partir de três frentes: combate, prevenção e tratamento, com orçamento de R$ 410 milhões.

De acordo com o governo federal, em relação ao combate à droga, a intenção é reforçar a fiscalização das fronteiras, principalmente com o Peru, a Bolívia e Colômbia, para impedir que a droga entre no país. O objetivo é usar a Polícia Federal, as Forças Armadas e a Força Nacional de Segurança Pública nesse trabalho. Durante o anúncio do Plano, o presidente pediu o comprometimento dos prefeitos no combate ao crack e comentou que a droga saiu dos grandes centros urbanos e se espalhou pelos municípios.

“Sabemos que não é uma droga de rico, é mais para pobre, e sabemos que ela está sendo utilizada nas pequenas cidades. É uma droga mais barata e está tendo um efeito devastador. Vamos tentar encontrar um jeito de jogar muito duro para combater o crack em parceria com os prefeitos. Queremos a participação das igrejas, dos sindicatos”, disse Lula.

Serviço (Onde buscar ajuda?)

• Centro Municipal de Orientação e Tratamento em Dependência Química (Cemot) – Rua Professor João Pereira Dias, s/n, em Neves, São Gonçalo. Telefone: 2628-8735.
• Comunidade S8 – Rua Itália, nº. 70, Marambaia, São Gonçalo. Telefone: 2623-1806
• Centro de Atendimento para Dependentes Químicos (Credeq) – Rua Fonseca Teles, nº. 121, 3º andar, São Cristóvão, Zona Norte do Rio. Telefones: 2332-4795/4796

Polícia põe fim ao mistério do Pânico

Publicado: 13 de junho de 2010 em Uncategorized

Fim do pânico em São Gonçalo. Acusado de ser um dos traficantes e homicidas mais procurados do município, Jefferson Batista Mendes, o Pantera ou Jeffinho, 20 anos, que ficou conhecido por praticar um de seus crimes usando a máscara do Pânico, foi preso no Morro da Batista, no Barro Vermelho, na manhã desta sexta-feira, dia 11 de junho.

Ele foi surpreendido por policiais do 7º BPM (São Gonçalo), que foram à comunidade verificar uma denúncia de homicídio no alto do morro.
Após encontrarem o corpo de Paulo Sérgio Gomes da Silva, 23, conhecido como Cobra, os PMs avistaram o acusado na mata e realizaram um cerco no local.

Apontado como o chefe do tráfico de drogas em pelo menos cinco comunidades de São Gonçalo – Morro da Salga e Favela do Gato, no Gradim, além dos morros do Galão e Batista, no Barro Vermelho, e Feijão, no Paraíso – Jeffinho não reagiu à prisão.

No momento da abordagem, ele estava desarmado e carregava apenas um telefone celular no bolso. O aparelho foi apreendido e será utilizado nas investigações.

De acordo com policiais da 73ª DP (Neves), que apuram o envolvimento de Jefferson em dois homicídios e um assalto à mão armada na região, ele foi ao local apenas para vigiar a remoção do corpo de Cobra, já que a família da vítima havia sido avisada por traficantes da região para que tomasse providências para a retirada do corpo, que estava no local há 15 dias.

Ligado à facção criminosa Comando Vermelho (CV), Jeffinho ganhou notoriedade no tráfico de drogas após participar do assassinato da dona de casa Elisabeth das Graças da Cruz Garcia, 45, no dia 21 de janeiro do ano passado, no Gradim, crime que ficou popularmente conhecido como “O Mistério da máscara do pânico”.

A vítima foi executada após ser acusada por traficantes do Morro da Salga de ser X-9 (informante da Polícia). Ela foi julgada no tribunal do tráfico e sentenciada à morte.

Escolhido como carrasco, Jefferson tomou a precaução de usar a máscara do Pânico. Ele invadiu a residência de esquina na Rua Dom Pedro I e surpreendeu a vítima, morta a facadas na sala de casa, quando assistia televisão, no início da madrugada. O crime assustou os vizinhos, que ainda viram o homem mascarado fugindo.

No dia 28 de janeiro desse ano, Joubert de Aguiar Veloso, o Pito, 19, acusado de participação na morte da dona de casa, foi preso por policiais da 73ª DP em um barraco na Favela do Gato. Apontado como o mentor do crime, José Antônio de Oliveira, o Bu, 30, continua foragido.