Arquivo de 1 de julho de 2009

Fotos: Felippo Brando

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“O papai foi matar a mamãe e se deu muito mal”. Estas, segundo o advogado da dona-de-casa que confessou ter matado o marido a facadas, horas após o Dia dos Namorados, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, foram as palavras ditas pelo filho do casal. O menino, de 5 anos, será testemunha da mãe.

“Infelizmente, sou obrigado a arrolar a criança como testemunha de defesa. Existe um método específico para isso, chamado audiência sem dano, onde há duas salas separadas por um vidro. O menino fica com uma psicóloga em uma delas, e tudo é acompanhado pelo juiz e os outros envolvidos no processo, que ficam em outra. As perguntas são feitas e repassadas através de um ponto para a psicóloga, que é quem conduz o interrogatório de maneira que a criança não fique traumatizada e nem perceba o que está havendo. As respostas são dadas através de desenhos”, explicou Mário de Oliveira Filho, que conseguiu, em Brasília, uma liminar suspendendo o pedido de prisão preventiva contra sua cliente, a dona-de-casa Alessandra Ramalho D’Ávila Nunes, 35 anos.

O habeas corpus foi concedido, na noite desta terça-feira, dia 30, pelo ministro Jorge Mussi, da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em sua decisão, ele destacou que o juiz do 3º Tribunal do Júri decretou a prisão apenas tendo como base uma presunção de suposta tentativa de fuga da dona-de-casa para os Estados Unidos.

“A prisão foi decretada baseada apenas na dupla cidadania da minha cliente. Eu fui entregar os passaportes dela ao juiz, mas ele não aceitou”, contou o advogado.

Ainda no relato do ministro, ele enfatiza que a defesa apresentou uma cópia de um documento em que Alessandra oferece os passaportes e uma carta na qual ela se compromete a comparecer em juízo para apresentar a sua versão dos fatos, o que fez Jorge Mussi conceder a liminar, cujo mérito ainda será julgado.

“Alegaram que o fato dela estar foragida agridia a credibilidade da Justiça. O que agride a credibilidade da Justiça são processos mal feitos e casos em que não há a imparcialidade de quem investiga. Causa perplexidade que o inquérito de um caso desses tenha sido concluído em cinco dias”, ressaltou o advogado Mário Filho, contando que teve o cuidado de fotografar as lesões em sua cliente.

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“As fotos e o laudo do exame de corpo delito feito pela minha cliente serão anexados aos autos. O marido dela estava totalmente dominado por um ciúme patológico e ela apenas defendeu à própria vida e a de seu filho. O primeiro corte, no rosto, foi superficial e dado quando a Alessandra estava de costas e ele tentou agarrá-la. Com o filho grudado em sua perna, ela tentava fazer o marido se afastar, quando ele foi para cima deles e acabou atingido na barriga”, enfatizou, dizendo que sua cliente vai se apresentar à Justiça para contar a sua versão na próxima sexta ou segunda-feira.

O crime ocorreu no interior do apartamento onde Alessandra e o empresário Renato Biasotto Mano Júnior, 52, moravam há seis anos, no condomínio Ocean Star, localizado na Avenida Sernambetiba, na madrugada do dia 13 de junho. Os dois haviam passado a noite de sexta-feira com um casal de amigos, em um jantar comemorativo ao Dia dos Namorados. O delegado Carlos Augusto Nogueira, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), contou que uma briga teria ocorrido um pouco antes da dona-de-casa entrar no site de relacionamentos Orkut.

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Fotos: Bruno Gonzalez

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“Ouvia ela gritando, mas não conseguia parar”. Esta foi a frase dita por Tiago Fernandes de Lima, o Maluquete, 23 anos, após matar a facadas a avó, Edite Maria de Lima, 74 anos. Ao tentar defender a mãe, Ana Lúcia Maria de Lima, 34, também foi esfaqueada. O crime ocorreu no Conjunto Habitacional de Cidade Alta, no bairro Cordovil, na Zona Norte do Rio, na madrugada desta terça-feira, dia 30.

Depois de matar a avó e ferir a tia, o jovem saiu do apartamento em que morava com as duas – em um edifício na Rua Mar Grande – e foi andando até a Avenida Brasil, onde se entregou a policiais militares do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) lotados no posto de policiamento fixo existente na via, na altura de Parada de Lucas.

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Os PMs chamaram o Corpo de Bombeiros, que enviou uma ambulância ao local. Os médicos atestaram a morte da idosa e socorreram a tia ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Até a tarde de ontem, ela permanecia internada, em observação, na unidade. De acordo com familiares, o estado de saúde dela era estável.

Uma viatura do 16º BPM (Olaria) encaminhou o assassino até a 38ª DP (Brás de Pina), onde ele se identificou como sendo o “Cavaleiro do Apocalipse”.

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“O apocalipse chegou, mas está todo mundo ignorando”, disse, negando que estivesse sob uso de drogas.

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“Eu usei cocaína só dois dias antes. Eu estava sendo manipulado, igual a um bonequinho de vodu. Fiz isso por culpa do espelho. Ele começou a ficar demoníaco. Cada vez que chegava perto, uma parte do meu corpo começava a formigar. Comecei a ouvir uma voz dizendo que a minha avó era a besta, que ela que ia trazer o fim do mundo. O bicho ficou me tentando”, afirmou.

Policia

Durante a entrevista, ele disse que não convivia com os pais e não tinha motivos para matar a avó paterna.

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“Minha mãe me abandonou ainda criança, dizendo que eu era um demônio, e foi morar em Nova Friburgo. Fui criado pela minha avó e não tinha problemas com ela. Peguei as facas, entrei no quarto dela e a ataquei enquanto ela dormia na cama. Ela acordou e começou a gritar. Eu ouvia ela gritando, mas não conseguia parar. Não lembro de tudo, mas tenho alguns flashes de lembranças. Minha tia tentou impedir e também acertei ela. Agora só quero uma cela confortável com água”, concluiu.

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Policiais da 38ª DP estiveram no apartamento da família e encontraram um papel colado na porta de uma geladeira no quarto de Tiago com a mensagem “eu tenho auto controle”. Nas paredes, desenhos sombrios e a palavra “tristeza”. Entre livros e roupas amontoados, dois pares de coturnos chamaram a atenção. Um tio do jovem contou que ele costumava andar vestido todo de preto.

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“Vemos tanta violência no dia-a-dia, mas a gente não espera que aconteça com a nossa família. Ele sempre apresentou alguns problemas, mas nunca passou por qualquer tratamento. De vez em quando havia brigas, mas nada grave. Esta foi a primeira e única coisa grave. A minha mãe eu sei que está nas mãos de Deus, mas e ele? Como vai ficar a alma dele?”, questionou o lancheiro Murilo Lima, 37.

O assassino confesso foi autuado por homicídio e tentativa de homicídio e encaminhado à carceragem da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), onde vai permanecer à disposição da Justiça.

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Fotos: Bruno Gonzalez

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O pintor letrista Jorge Luís Nunes Quaresma, o Jorginho da JJ, 40 anos, foi preso por policiais militares do 16º BPM (Olaria), no final da noite desta segunda-feira, dia 29. Ele é acusado de abusar sexualmente de um menino de 10 anos de idade. Os pais do garoto disseram à Polícia que desconfiam que o crime ocorria há pelo menos dois anos. O acusado negou as acusações e afirmou que é inocente.

A prisão ocorreu na casa do pintor, na Avenida Automóvel Clube, no bairro Colégio, na Zona Norte do Rio, por volta das 19h30. Os PMs descobriram o endereço através dos pais da criança, que chegaram em casa, na Rua Manoel de Araújo, no Irajá, também na Zona Norte, e flagraram o pintor com o filho.

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Em depoimento na 38ª DP (Brás de Pina), o pai do menino afirmou que o pintor – que é seu amigo de infância – chegou na residência da família e pediu para entrar para beber água. O garoto estava sozinho em casa, mas permitiu. Quando chegou na cozinha, o acusado teria abaixado a calça e dito “vem cá matar a saudade”. Logo depois, teria obrigado o menino a fazer sexo oral nele e, em seguida, praticado sexo anal com o garoto.

Levado para a delegacia, o pintor letrista – que já foi candidato a vereador – negou as acusações e falou que foi à casa do menino convidá-lo para a festa de aniversário do filho, que completou cinco anos no dia seguinte à prisão.

“Ele falou isso porque ficou medo que eu contasse pros pais dele que ele estava de saliência com outros meninos. Falei pra ele que ele tinha que virar homem. Meu advogado vai provar que eu sou inocente. Sei que todos falam isso quando são presos, mas eu sou realmente inocente”, afirmou Jorge Luís, que foi autuado por atentado violento ao pudor e encaminhado à Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), onde vai permanecer à disposição da Justiça.

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