Arquivo de agosto, 2009

Fotos: Felippo Brando

Passeata (Jura) 1

“1, 2, 3… solta o Jura de uma vez”. As palavras de ordem gritadas por mais de mil pessoas refletiam a popularidade que o cabo da Polícia Militar Juracy Alves Prudêncio, o Jura, 37 anos, adqüiriu entre os moradores de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Uma multidão – que envolvia idosos, crianças, donas-de-casa, profissionais das mais diversas carreiras, comerciantes e até deficientes físicos – se reuniu em uma manifestação que percorreu mais de três quilômetros e chegou a interditar a Rodovia Presidente Dutra, por cerca de meia hora, no início da manhã desta segunda-feira, dia 31.

Passeata (Jura) 9

Os manifestantes protestavam contra a prisão do PM, apontado pela Polícia como líder da milícia conhecida como “Bonde do Jura” – que, segundo investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), tem atuação nos municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Queimados e Mesquita.

“Sou morador há 30 anos. Vivemos em paz há três. Ele nos ajuda sem pedir nada em troca. Ninguém nunca foi obrigado a pagar qualquer taxa de segurança”, garantiu o construtor Waldomiro da Silva Alves, 55, que reside no bairro Jardim Pernambuco.

Passeata (Jura) 10

Presidente da Associação Comunitária do São Lourenço, o eletrotécnico Adriano Naval, 33, contou que nunca viu o policial militar armado e nem presenciou qualquer ameaça ou agressão praticada por ele.

“Lá na comunidade são 2.500 famílias que nem têm o que comer. Como iriam pagar uma taxa de R$ 50? Como policial, ele sempre nos orientou sobre o que fazer. Quando algum morador precisava de alguma ajuda, ele entrava em contato com o batalhão para que uma viatura pudesse chegar mais rápido para levar as pessoas até a delegacia. Ele tem o dever de servir e proteger, mesmo de folga, mas nunca nos cobrou por isso”, disse Adriano que, em novembro de 2005, foi baleado em um atentado de traficantes de drogas ligados à facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) que deixou cinco pessoas feridas.

Passeata (Jura) 11

“Fiquei um mês internado no hospital. Eu estava saindo da igreja quando um carro passou atirando. Outras quatro pessoas foram atingidas e uma menina de 11 anos foi uma das vítimas. Dois anos antes, eu perdi uma sobrinha de 15 anos. Ela foi vítima de uma tentativa de estupro e quando correu para fugir, foi baleada. Agora estamos em pânico, com medo de que o tráfico volte”, desabafou o eletrotécnico, revelando que já surgiram boatos de que criminosos da Favela de Acari estariam se reunindo para novamente implantar bocas-de-fumo na localidade.

Passeata (Jura) 5

“Quem vai nos dar suporte? Nos dar a garantia de que não vão deixar os traficantes voltarem?”, questionou Adriano, recebendo apoio da professora Elaine Cristina Nunes Ferreira, 35.

Presidente do Centro Social Esportivo Somos Comunidade, que funciona no Jardim Pernambuco, a professora fez questão de enfatizar a importância de Jura para a comunidade.

“Ele foi o idealizador do centro social, que já funciona há dois anos. Hoje, atendemos a 322 moradores, entre crianças e idosos. Eles têm acesso a diversas práticas esportivas e atividades físicas e o Jura nos apóia até hoje. Quando não pode ajudar diretamente, ele intercede por nós. Ele é uma pessoa do povo e foi o segundo mais votado de Nova Iguaçu. Com certeza essas denúncias têm motivação política”, ressaltou Elaine.

Passeata (Jura) 14

O comerciante Léri Everson da Silva Carlos, 34, negou que tivesse que pagar taxa mensal para garantir a segurança de seu estabelecimento.

“Eu já estava pensando em fechar o comércio quando o tráfico foi expulso da comunidade. Antes, os traficantes invadiam as lojas e saíam levando o que bem entendiam. Comida, bebida, roupas. Eles pegavam as coisas e ninguém podia falar nada. Hoje, as crianças têm um centro onde aprendem esportes, praticam natação, judô. Vivemos em paz. Não há qualquer clima de terror ou opressão”, falou.

Passeata (Jura) 12

A publicitária Flávia Azevedo de Souza, 34, faltou ao emprego, em uma agência no Centro do Rio, para participar do protesto.

“Fiz questão de estar presente. Se o cara fosse ruim, seria difícil reunir tantas pessoas em uma manhã de segunda-feira. Se teve alguém que fez alguma coisa por nós, foi ele”, enfatizou.

Geral

A concentração começou às 8 horas, em frente ao Centro Integrado de Educação Pública (Ciep) Cândido Augusto Ribeiro Neto, na Estrada da Palhada, no bairro Rosa dos Ventos. Havia faixas e placas com dizeres como “É tudo mentira! Jura não é terror, Jura é amor” e “Não somos milícia. Somos comunidade”.

Um carro de som chamava os moradores da região com a mensagem: “Se você quiser fazer alguma coisa pelo nosso amigo, venha participar da manifestação pública”.

Passeata (Jura) 7

Pouco mais de duas horas após o início, os manifestantes se dirigiram até a Rodovia Presidente Dutra. Eles caminharam de Austin a Comendador Soares, totalizando aproximadamente dois quilômetros.

Passeata (Jura) 6

O protesto foi organizado com antecedência e comunicado ao 20º Batalhão de Polícia Militar (Mesquita) e à 6ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal (Itaguaí). Viaturas das duas unidades acompanharam a manifestação e tentaram amenizar os reflexos no trânsito, que chegou a ficar com um engarrafamento de dois quilômetros, nos dois sentidos da pista.

Lotado no 21º BPM (São João de Meriti), Jura foi preso, no último dia 27, por uma equipe da 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (3ª DPJM), em operação conjunta com a Draco-IE. Ele possuía um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu por formação de quadrilha armada. No total, a operação – batizada como “Descarrilamento” – prendeu dez pessoas: oito eram PMs.

Passeata (Jura) 16

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Polícia tira Bonde do Jura dos trilhos

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carlinhos da tingua

O empresário Luiz Carlos Duarte Batista, o Carlinhos da Tinguá, 67 anos, foi assassinado no dia 19 de março. O crime ocorreu no início da manhã, em frente ao Pólo Gastronômico, no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ex-proprietário de 11 empresas, entre elas a Viação Tinguá, o empresário era assessor da vice-prefeita daquele município, Sheila Gama, e trabalhou no gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Aluizio Gama, irmão de Sheila Gama.

A vítima havia acabado de sair de sua casa, a poucos metros do Pólo Gastronômico, e seguia pela Via Light, no sentido Pavuna, em seu Palio prata placa LKK 6202, quando foi abordado por dois criminosos em uma moto. Uma testemunha ouvida pela Polícia contou que a moto encostou ao lado do automóvel e o carona efetuou dois disparos contra o Carlinhos, que estava ao volante.

Antes do carnaval houve um registro na 52ª DP (Nova Iguaçu) que relatava que dois homens armados procuraram uma pessoa em uma reunião em que Carlinhos deveria estar presente.

O incidente ocorreu no dia 6 de fevereiro, às 11h50. Cerca de seis horas depois, o advogado Luciano Luiz Moreira, que é secretário do Partido Democrático Trabalhista (PDT), esteve na 52ª DP e fez o registro.

“Uma reunião com a executiva do partido estava marcada para começar ao meio-dia e as pessoas aguardavam a chegada da vice-prefeita, Sheila Gama, e da vereadora Vilma Água Azul. Faltando dez minutos para o início, dois homens armados chegaram em uma moto. Eles não fizeram questão de esconder as armas e enquanto um deles permaneceu no veículo, o outro entrou na sede do PDT com a arma em punho procurando por alguém. Como não achou, saiu e os dois retornaram na contramão”, informou o delegado Orlando Zaccone, então titular da DP de Nova Iguaçu.

O criminoso que foi até a sede do diretório municipal do PDT em Nova Iguaçu, localizado na Rua Tertuliano de Melo, a poucos metros da sede da Câmara Municipal, foi descrito como um homem branco, malhado e com porte atlético.

A execução ocorreu às 7h40. Cinco horas depois, o local já havia sido periciado e o corpo do empresário já estava no Instituto Médico Legal (IML). O prefeito Lindberg Farias foi um dos primeiros a chegar ao local do crime e limitou-se a dizer que estava arrasado. A vítima era considerada um dos braços do PDT no governo do Partido dos Trabalhadores (PT) de Nova Iguaçu e foi quem alinhavou a aliança entre os partidos, colidando a candidatura da deputada estadual Sheila Gama como vice de Lindberg.

Ele também foi dono da Viação Tinguá e de uma concessionária de automóveis da Fiat, cujo imóvel vendeu para a construção do Top Shopping. O empresário chegou a iniciar a construção do shopping center no km 13 da Via Dutra, mas faliu e teve de abandonar o empreendimento.

Secretário de Governo do prefeito Rui Queiroz, entre 1977 e 1983, período em que era considerado um dos pesos pesados no segmento empresarial da região, Carlinhos da Tinguá foi também presidente da Beija-Flor de Nilópolis, em 1993, substituindo o irmão do Anísio, Nelson Abraão David.

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Fotos: Felippo Brando

Paulo Roberto Fernandes Júnior, o Júnior Calcinha, 32 anos

Paulo Roberto Fernandes Júnior, o Júnior Calcinha, 32 anos

A vida de pequeno empresário levada pelo homem considerado o número 2 na hierarquia da facção criminosa Comando Vermelho (CV) chegou ao fim. Apontado pela Polícia como dono da Favela Parque Arará, em Benfica, e de parte do Complexo de Manguinhos, em Bonsucesso, ambas na Zona Norte do Rio, Paulo Roberto Fernandes Júnior, o Júnior Calcinha, 32 anos, foi preso por agentes da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) em uma casa de classe média alta no Espírito Santo. A prisão foi efetuada na quinta-feira, dia 27, por volta das 6h30, e contou com apoio de policiais do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Guarapari.

Com dois mandados de prisão expedidos pela Justiça do Rio, Calcinha foi surpreendido em sua residência, no bairro Muquiçaba, em Guarapari – a pouco mais de 400 quilômetros de distância do Rio de Janeiro. Em abril de 2005, ele foi preso por agentes da 2ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal e autuado por venda de arma de fogo a criança ou adolescente e corrupção de menores na 72ª DP (Mutuá), tendo ficado preso durante seis meses na carceragem que funcionava na antiga 73ª DP (Neves) e sendo condenado pela 4ª Vara Criminal de São Gonçalo.

preso (DCOD) 2

Na época, ele foi acusado por policiais da PRF de vender armas para que menores praticassem roubos no trecho Niterói-Manilha da BR-101.
Há pelo menos dois anos, ele passava os dias de semana no Espírito Santo e retornava à Zona Norte do Rio somente aos sábados e domingos.

“Na cabeça do bandido, no final-de-semana não tem operação. Até temos mais cuidado porque a favela está com uma movimentação de pessoas maior, inclusive de crianças, mas nada impede que a Polícia realize incursões, em qualquer dia da semana”, ressaltou o delegado Marcus Vinícius de Almeida Braga, titular da DCOD.

junior calcinha

Além de ser apontado pela Polícia como líder do tráfico de drogas, responsável pelo pagamento a todos os traficantes subordinados a ele, o criminoso teria implantado o seqüestro de motos nas proximidades das favelas controladas por ele.

“Ele manda roubar as motos e depois exige pagamento de resgate para que o veículo seja devolvido. Ele ganhava dinheiro em tudo: venda de drogas, roubo de carros e motos. A prisão dele é importante porque causa uma ruptura, provoca uma quebra na quadrilha. A importância dele na facção se comprova pelo fato de que conseguia gerenciar suas favelas à distância”, explicou Marcus Vinícius.

preso (DCOD)

Investigado há cerca de três meses, Júnior Calcinha – que ganhou esse apelido na infância – não usava telefone e a comunicação com seus comparsas era feita sempre pessoalmente.

“Um criminoso ia todo dia para o Espírito Santo levar informações e trazer ordens. Trata-se de um bandido do segundo escalão do Comando Vermelho que atua no tráfico há muito tempo. Cada vez é mais comum os traficantes irem viver na mordomia em outros Estados, enquanto os cúmplices ficam passando sufoco nas favelas. A saída deles para fora do Rio dificulta a prisão, por isso, a ajuda da Polícia do Espírito Santo foi importante”, finalizou o titular da especializada.

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Fotos: Felippo Brando

Policia

Um fuzil utilizado na África como rifle de caça para matar elefantes foi encontrado na Favela de Acari, no bairro de mesmo nome, na Zona Norte do Rio, por agentes da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD), nesta quinta-feira, dia 27. A arma poderia ser utilizada pelos traficantes ligados à facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) que controlam a venda de drogas no local para derrubar veículos blindados da Polícia, não fosse um detalhe: não possuía munição.

Policia

“Essa arma utiliza uma munição que tem 50% a mais de pólvora se comparada à munição do fuzil utilizado pelos policiais, que é o calibre 762. Enquanto a munição do nosso fuzil é ponto 308, a desse rifle é ponto 458. É apenas um pouco menor e mais fina que a munição ponto 50 e é difícil de arrumar”, explicou o delegado Marcus Vinícius de Almeida Braga, titular da DCOD.

Policia

De origem tcheca, o fuzil CZ 550 foi fabricado entre 2006 e 2007 e seu valor no mercado legal é de US$ 1 mil. Vendido livremente no Paraguai, ele tem um alcance de 300 a 400 metros, sem a luneta. Com o acessório, a arma consegue atingir um alvo a até mil metros de distância.

“Não sabemos precisar a quanto ele é vendido no mercado negro e é a primeira vez que apreendemos um fuzil desse porte em favelas do Rio”, ressaltou o titular da especializada.

rifle marcus vinicius

Como é o rifle de caça mais popular, o CZ 550 tem características peculiares: possui almofada de rosto para o atirador e pesa pouco mais de três quilos, podendo disparar até 4 tiros antes de ser recarregado, além de ter gatilho ajustável, mira especial e cano ventilado.

“Um caçador que passa dias na África precisa de uma arma que seja leve e não o faça cansar em pouco tempo”, destacou Marcus Vinícius, que apreendeu o fuzil, que será posteriormente encaminhado à Divisão de Fiscalização de Armas e Explosivos (Dfae).

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Fotos: Bruno Gonzalez

Polícia

“Não esquece de colocar aí que eu sou o Jura”. Essas foram as palavras ditas pelo cabo da Polícia Militar Juracy Alves Prudêncio, o Jura, 37 anos, ao chegar à sede da Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado e Inquéritos Especiais (Draco-IE), na manhã desta quinta-feira, dia 27. Preso em casa, em Queimados, na Baixada Fluminense, por uma equipe da 3ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (3ª DPJM), ele possuía um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu por formação de quadrilha armada.

Lotado no 21º BPM (São João de Meriti), ele é apontado pela Polícia como líder da milícia conhecida como “Bonde do Jura” – que tem atuação nos municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Queimados e Mesquita. Na operação conjunta entre Draco e 3ª DPJM – batizada como “Descarrilamento” – outras oito pessoas foram presas: seis também eram PMs. A ação, que teve início às 4 horas, durou cerca de sete horas e percorreu toda a Baixada Fluminense.

Polícia

Segundo a Polícia, o poder do grupo paramilitar não se reflete apenas no número de homicídios praticados pelo grupo na região – aproximadamente 100 vítimas em quatro anos –, mas também na relação promíscua entre o crime e a política.

Segundo candidato a vereador mais votado em Nova Iguaçu nas últimas eleições, Jura já esteve cedido à Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), onde trabalhou durante dois anos na segurança do deputado estadual Walney Rocha, que atualmente está ocupando o cargo de secretário de Obras de Nova Iguaçu. Ainda de acordo com a Polícia, o preso estaria recebendo apoio do deputado federal Nelson Bornier para se candidatar a deputado estadual, com o intuito de conquistar a imunidade parlamentar, para não responder na Justiça Comum pelos crimes praticados.

“Ele ficou à disposição do meu gabinete durante dois anos. Sempre foi correto comigo e nunca o vi fazendo nada de suspeito. Essa denúncia de envolvimento dele com uma milícia me causou estranheza e até me chateia o fato de que a própria PM é falha. Como pode a inteligência da corporação enviar um policial investigado para cuidar da segurança de um deputado?”, questionou Walney.

O PM Jura ficou à disposição do deputado estadual Walney Rocha durante dois anos, trabalhando na segurança do parlamentar

O PM Jura ficou à disposição do deputado estadual Walney Rocha durante dois anos, trabalhando na segurança do parlamentar

“Pedimos a ficha do policial e confiamos no que está no papel. É uma pessoa que fica perto da nossa família. Mas se o governador não sabia, como um deputado pode saber?”, ressaltou, referindo-se à prisão em flagrante do cabo da PM Emerson Meirelles, no último sábado. Lotado na Diretoria Geral de Pessoal (DGP), estava cedido ao Gabinete Militar do Palácio Guanabara e era um dos responsáveis pela segurança da família de Sérgio Cabral Filho. Ele foi acusado de integrar uma milícia que atua na Zona Oeste do Rio e de cometer uma chacina na Ilha de Guaratiba.

Em 2004, pela coligação Aliança Popular do Trabalho (PPS/PRTB), Jura teve apenas 726 votos. No entanto, quatro anos depois, pelo PRP, foi o segundo candidato a vereador mais votado: obteve 9.335 votos, mas não foi eleito porque a Justiça impugnou três candidatos de sua legenda. Ele ficou atrás somente de Carlos Eduardo Moreira da Silva (DEM), com 178 votos a menos. A equipe do Jornal POVO do Rio entrou em contato com a assessoria de imprensa do deputado federal Nelson Bornier mas, até o fechamento desta edição, nenhuma resposta foi enviada.

Polícia

Investigações feitas não só pela Draco e pela Corregedoria da PM, mas também pela Polícia Federal, demonstraram que, quando não estava fazendo campanha política, Jura estava tentando convencer outros grupos menores a se juntarem a ele. Os que não aceitavam, eram eliminados.

“Ele eliminou os grupos pequenos que não queriam permitir a presença avassaladora dele. O lema era: “é oposição, fogo neles””, destacou o inspetor Jorge Gerhard, chefe da Inteligência da Draco, revelando que na última segunda-feira houve uma troca de tiros por disputa de território, em Nova Iguaçu.

Polícia

O delegado Alexandre Capote informou que o PM – juntamente com Ubiraci Araújo da Fonseca, o Bira, que continuava foragido, até a noite de ontem – foi denunciado por tentativa de homicídio pela 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. A vítima foi Josias Faustino Rodrigues, o Nino, que faria parte da milícia conhecida como “Grupo do Pará”, que atua em Comendador Soares, bairro de Nova Iguaçu. O líder dessa quadrilha, Carlos Alberto Ezequiel, o Pará, foi assassinado, em 2007.

Polícia

“Ele foi denunciado por essa tentativa de homicídio e é investigado pelo assassinato de Pará. Além de informações chegadas através do Disque-Denúncia, também temos vários relatos de testemunhas afirmando que o Jura abordava outros milicianos. Um dos grupos que aceitou era muito ligado ao Batman e aproximou os dois”, declarou Capote.

A aproximação com o ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, 40, – feita pela Milícia do Pantanal – fez com que o Bonde do Jura se tornasse aliado da Liga da Justiça.

“Um grupo oferecia esconderijo para outro, quando havia integrantes fugindo da Polícia e também havia empréstimo e troca de armas, além de apoio nas eleições”, ressaltou o delegado.

operação contra milicia (22)

Os policiais saíram pra cumprir 14 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Todos foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Todos os nove detidos na ação desta quinta-feira já estão denunciados pela Justiça por formação de quadrilha armada. Além de Jura, outro PM, conhecido como Cabral, vinha ameaçando de morte integrantes da 3ª DPJM e o delegado da PF Robson Dartagnan Nunes Barbosa. Até o mês passado, ele chefiava Delegacia da Polícia Federal de Nova Iguaçu, mas foi transferido para Pernambuco, para ser Delegado Regional Executivo da Superintendência da Polícia Federal naquele estado.

Polícia

Na Rua Fernando Borges, no bairro Palhada, em Nova Iguaçu, agentes da Draco chegaram até a casa de Bira, que seria o responsável pela segurança clandestina. Ele foi denunciado, juntamente com Jura, pela tentativa de homicídio contra Nino – integrante do Grupo do Pará, que se recusou a integrar o Bonde do Jura.

Polícia

Os outros presos na operação Descarrilamento foram: Daniel de Lima Machado, o Cabeça, 28; Wilson Pereira Júnior, o Didi, 47; os soldados Eduardo Cardoso Livramento, o Dudu, 28, e Marcelo Anderson de Moraes Loureiro, o Trololó, 34, ambos lotados no 3º BPM (Méier); o soldado César Sisnande dos Santos, o Chorrão, 32, lotado no 39º BPM (Belford Roxo); os cabos André Barbosa Cabral, o Cabral, 37, e Antônio Marcos do Carmo Peixoto, o Peixoto, 31, lotados, respectivamente, no 6º BPM (Tijuca) e no 1º BPM (Estácio); e o sargento Sérgio Pereira Reis, 46. Este último está lotado no 20º BPM (Mesquita), mas se encontra de Licença para Tratamento de Saúde (LTS), desde fevereiro, quando foi alvo de uma tentativa de homicídio e acabou baleado no momento em que saía de casa, no bairro de Austin, em Nova Iguaçu.

operação contra milicia

Os cinco foragidos – sendo que um é ex-policial militar e dois são PMs – são: Ubiraci Araújo da Fonseca, o Bira; Washington das Neves Mello; os PMs Flávio Cândido da Silva e Marcos de Paula Toledo, lotado no 21º BPM; e o ex-PM José Carlos Valle da Silva, o Valle – que era lotado no 23º BPM (Leblon), até abril deste ano, quando foi expulso da corporação, acusado de envolvimento com transporte alternativo.

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Comando de Chico Bala sem bala

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Fotos: Felippo Brando

delegado antonio ricardo

Delegado Antônio Ricardo Lima, titular da Delegacia de Homicídios da Zona Oeste (DH-Oeste)

Em duas ações distintas, a Polícia Civil prendeu sete acusados de integrarem a milícia conhecida como Liga da Justiça, entre a noite de segunda-feira, dia 24, e a tarde de terça-feira, dia 25. Três deles são suspeitos de participação no sumiço da família de uma testemunha, na Favela do Barbante, em Inhoaíba, na Zona Oeste do Rio, ocorrido no mês de junho. Entre os presos, há um policial militar, um ex-PM e um ex-guarda municipal. Todos seriam ligados ao ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, 40 anos, preso no último dia 13 de maio.

A primeira prisão ocorreu no Largo do Mendanha, em Campo Grande, também na Zona Oeste, e foi efetuada por agentes das delegacias de Repressão às Ações Criminosas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE) e de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), em cumprimento a uma determinação da Delegacia de Homicídios da Zona Oeste (DH-Oeste).

“Recebemos uma denúncia que afirmava que havia quatro milicianos fazendo cobrança a comerciantes. Não confirmamos a extorsão, mas eles estavam com um Renault Clio clonado, feito sobre um automóvel roubado em Duque de Caxias, no ano passado”, revelou o delegado Antônio Ricardo Lima, titular da DH-Oeste.

Ex-PM Lúcio Alexandre Araújo

Ex-PM Lúcio Alexandre Araújo

Um dos presos foi o ex-PM Lúcio Alexandre Araújo, que, segundo o delegado, foi lotado no 14º BPM (Bangu) e acabou expulso da corporação acusado de extorsão.

Ex-guarda municipal Daniel Fernandes Santos

Ex-guarda municipal Daniel Fernandes Santos

Os outros foram identificados como o ex-guarda municipal Daniel Fernandes Santos, Sidnei Garcia da Costa e Claudinei Rodrigues.

Sidnei Garcia da Costa

Sidnei Garcia da Costa

Todos foram autuados por receptação, formação de quadrilha, uso de documento falso e adulteração de sinal identificador de veículo.

Claudinei Rodrigues

Claudinei Rodrigues

No dia seguinte, policiais da 35ª DP (Campo Grande) prenderam o sargento Valdenir Menezes Pereira, o Monstrinho, 49, lotado no Regimento de Cavalaria Coronel Enyr Cony dos Santos (RCCECS); o cobrador de transporte alternativo Carlos Alberto de Aguiar, 43; e Wellington de Oliveira, o Baré, 34.

O cobrador de transporte alternativo Carlos Alberto de Aguiar, 43 anos; o sargento Valdenir Menezes Pereira, o Monstrinho, 49 anos; e Wellington de Oliveira, o Baré, 34 anos

O cobrador de transporte alternativo Carlos Alberto de Aguiar, 43 anos; o sargento Valdenir Menezes Pereira, o Monstrinho, 49 anos; e Wellington de Oliveira, o Baré, 34 anos

O delegado Ronald Hurst, titular da distrital, revelou que o sargento foi um dos 75 PMs presos, em dezembro de 2006, na operação Tingüi, da Polícia Federal – ação desencadeada após oito meses de investigações sobre angolanos refugiados que estariam treinando no uso de armas e táticas de guerrilha traficantes ligados à facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA) que controlavam a venda de drogas na Favela do Muquiço, em Guadalupe, na Zona Oeste. Os policiais federais descobriram, na época, que policiais militares estavam envolvidos com tráfico de armas e drogas, além de seqüestro e extorsão. Na ocasião, o sargento era lotado no 14º BPM e ficou preso durante 1 ano e cinco dias.

Delegado Ronald Hurst, titular da 35ª DP (Campo Grande)

Delegado Ronald Hurst, titular da 35ª DP (Campo Grande)

“Dentro do carro em que ele estava foram apreendidas três armas, sendo uma pistol uzi calibre nove milímetros, que é uma sub-metralhadora israelense utilizada em guerras”, destacou o delegado.

O Toyota Corolla prata, em que estava o PM, ostentava placa fria

O Toyota Corolla prata, em que estava o PM, ostentava placa fria

O PM foi surpreendido pelos agentes no Toyota Corolla prata que ostentava a placa EAE 7919, que era fria, e também carregava uma pistola calibre 380 e um revólver Taurus calibre 38, além de 98 munições dos três calibres e R$ 1.090 em espécie. Os outros dois estavam no Mercedes Classe A placa LNV 3393, que possuía mandado de busca e apreensão.

Os outros dois presos estavam na Mercedes Classe A que possuía mandado de busca e apreensão

Os outros dois presos estavam na Mercedes Classe A que possuía mandado de busca e apreensão

“Geralmente eles deixam as armas com quem é policial e tem, além do porte, a carteira funcional. Eles não souberam explicar a origem do dinheiro e somente o cobrador de transporte alternativo prestou depoimento. Os outros se reservaram ao direito de falar somente em juízo”, afirmou Hurst, explicando que chegaram até os três através das placas dos automóveis.

Milicianos (35ªDP) 1

“Estávamos investigando o seqüestro de quatro integrantes de uma família do Barbante. Eles eram parentes de uma testemunha da chacina ocorrida naquela localidade, em 2008. Durante a investigação, obtivemos um informe com apelidos de envolvidos no crime e três placas de veículos que teriam sido usados para retirar os corpos do local. Agora estamos investigando se de fato esses três tiveram participação”, declarou o delegado.

O titular da 35ª DP também revelou que, dos envolvidos no seqüestro da família, 11 já estão com mandados de prisão temporária expedidos. Destes, cinco já estão identificados – sendo que um é menor de idade e um já está preso desde o último dia 14: o ex-traficante Reinaldo Ramos Lobo, o Sprinter, 28.

O ex-traficante Reinaldo Ramos Lobo, o Sprinter, 28 anos, está preso desde o dia 14

O ex-traficante Reinaldo Ramos Lobo, o Sprinter, 28 anos, está preso desde o dia 14

“Os outros seis estão identificados apenas através de apelidos, mas também já conseguimos mandados contra eles”, disse Ronald Hurst, que informou que solicitou que uma perícia seja realizada nos dois carros apreendidos com o trio.

Milicianos (35ªDP) 4

“Um trabalho pericial será feito para ver se encontramos algum material biológico, como sangue, que mostre se os automóveis realmente foram usados para o transporte dos corpos. O registro foi feito como seqüestro por uma tipificação legal, mas não temos dúvidas de que houve os assassinatos”, enfatizou Hurst, ressaltando que os três foram autuados por posse compartilhada de arma de fogo e o PM também foi autuado por adulteração de sinal identificador de veículo.

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Polícia prende acusados de integrar Liga da Justiça

Chico Bala ataca DPO atrás de armas e mata PM

Milícia da Carobinha apontada como doadora de terreno onde está sendo construído DPO

Comando de Chico Bala sem bala

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Fotos: Felippo Brando

Australiano (3)

Um assalto frustrado levou pânico a moradores de um edifício no bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na manhã desta terça-feira, dia 25. Cinco homens armados com pistolas aproveitaram que o portão da garagem estava aberto e entraram no prédio de número 79 da Rua Cinco de Julho, por volta das 6h40. Eles estavam em um Honda Civic e recebiam cobertura de comparsas em um Toyota Corolla, que permaneceram estacionados em frente ao imóvel.

Assim que chegaram ao saguão do edifício, os criminosos renderam o australiano John Roque, 64 anos, que havia levado o filho de 9 anos até o ônibus escolar e aguardava o elevador para voltar a seu apartamento. Dois assaltantes ficaram vigiando o porteiro, enquanto os outros três obrigaram o estrangeiro a levá-los até seu apartamento. Morador da cobertura, ele é casado com uma brasileira, está no Rio há 15 anos e foi proprietário do sport bar “The Office”, localizado na Rua Aires Saldanha – paralela à Avenida Atlântica – até o mês de fevereiro.

O australiano John Roque, 64 anos, mora há 15 no Brasil e foi proprietário do sport bar The Office, em Copacabana

O australiano John Roque, 64 anos, mora há 15 no Brasil e foi proprietário do sport bar The Office, em Copacabana

“Os três apontavam armas para mim. Eles estavam muito nervosos. Queriam dinheiro, mas eu disse que não tinha dinheiro em casa. Disse que dinheiro eu deixava no banco”, contou o australiano que, em 2001, já havia sido vítima de um assalto, em sua casa em Angra dos Reis, na Região da Costa Verde.

Os bandidos roubaram R$ 800 e um cordão de ouro, além de um anel e um relógio. Quando se preparavam para atacar outros apartamentos, foram descobertos por uma moradora do prédio, que é tenente da Polícia Militar. A oficial ligou para o marido, o engenheiro José Henrique Birenbaum, 44 – que havia saído do apartamento para levar a filha do casal ao colégio – e avisou a ele que chamaria a PM porque havia uma movimentação estranha na cobertura do edifício.

Australiano (2)

“O engenheiro deixou a filha no carro e foi ver o que estava acontecendo. A ação dele despertou a desconfiança dos dois criminosos que estavam no saguão e ele acabou sendo rendido”, contou o delegado Gilson Perdigão, adjunto da 13ª DP (Ipanema), onde o caso foi registrado como roubo qualificado.

Com medo de serem perseguidos, os bandidos levaram o engenheiro como refém. Ele foi libertado minutos depois, na Avenida Brasil, após entregar o aparelho de telefone celular.

“Ele pegou um ônibus até a rodoviária Novo Rio e lá pegou um táxi que o levou até sua casa. Disse que foi mantido o tempo todo com a cabeça baixa e um casaco sobre ela, mas não foi agredido”, relatou Perdigão, que enviou uma equipe de sua delegacia até o local do crime, além de solicitar que papiloscopistas do Instituto Félix Pacheco (IFP) fossem até o imóvel para recolher impressões digitais.

Policia

“O prédio não possui câmeras e as existentes em volta não gravam, mas uma perícia foi realizada nos locais por onde os assaltantes passaram. Se os carros forem localizados, também vou solicitar que seja feito esse trabalho neles”, explicou o delegado, dizendo que não acredita em crime premeditado ou direcionado.

“Acho que foi pela oportunidade. Eles passaram e viram a garagem aberta e resolveram aproveitar para praticar o assalto lá mesmo”, afirmou.

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Fotos: Felippo Brando

Australiano (3)

Um assalto frustrado levou pânico a moradores de um edifício no bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na manhã desta terça-feira, dia 25. Cinco homens armados com pistolas aproveitaram que o portão da garagem estava aberto e entraram no prédio de número 79 da Rua Cinco de Julho, por volta das 6h40. Eles estavam em um Honda Civic e recebiam cobertura de comparsas em um Toyota Corolla, que permaneceram estacionados em frente ao imóvel.

Assim que chegaram ao saguão do edifício, os criminosos renderam o australiano John Roque, 64 anos, que havia levado o filho de 9 anos até o ônibus escolar e aguardava o elevador para voltar a seu apartamento. Dois assaltantes ficaram vigiando o porteiro, enquanto os outros três obrigaram o estrangeiro a levá-los até seu apartamento. Morador da cobertura, ele é casado com uma brasileira, está no Rio há 15 anos e foi proprietário do sport bar “The Office”, localizado na Rua Aires Saldanha – paralela à Avenida Atlântica – até o mês de fevereiro.

O australiano John Roque, 64 anos, mora há 15 no Brasil e foi proprietário do sport bar The Office, em Copacabana

O australiano John Roque, 64 anos, mora há 15 no Brasil e foi proprietário do sport bar The Office, em Copacabana

“Os três apontavam armas para mim. Eles estavam muito nervosos. Queriam dinheiro, mas eu disse que não tinha dinheiro em casa. Disse que dinheiro eu deixava no banco”, contou o australiano que, em 2001, já havia sido vítima de um assalto, em sua casa em Angra dos Reis, na Região da Costa Verde.

Os bandidos roubaram R$ 800 e um cordão de ouro, além de um anel e um relógio. Quando se preparavam para atacar outros apartamentos, foram descobertos por uma moradora do prédio, que é tenente da Polícia Militar. A oficial ligou para o marido, o engenheiro José Henrique Birenbaum, 44 – que havia saído do apartamento para levar a filha do casal ao colégio – e avisou a ele que chamaria a PM porque havia uma movimentação estranha na cobertura do edifício.

Australiano (2)

“O engenheiro deixou a filha no carro e foi ver o que estava acontecendo. A ação dele despertou a desconfiança dos dois criminosos que estavam no saguão e ele acabou sendo rendido”, contou o delegado Gilson Perdigão, adjunto da 13ª DP (Ipanema), onde o caso foi registrado como roubo qualificado.

Com medo de serem perseguidos, os bandidos levaram o engenheiro como refém. Ele foi libertado minutos depois, na Avenida Brasil, após entregar o aparelho de telefone celular.

“Ele pegou um ônibus até a rodoviária Novo Rio e lá pegou um táxi que o levou até sua casa. Disse que foi mantido o tempo todo com a cabeça baixa e um casaco sobre ela, mas não foi agredido”, relatou Perdigão, que enviou uma equipe de sua delegacia até o local do crime, além de solicitar que papiloscopistas do Instituto Félix Pacheco (IFP) fossem até o imóvel para recolher impressões digitais.

Policia

“O prédio não possui câmeras e as existentes em volta não gravam, mas uma perícia foi realizada nos locais por onde os assaltantes passaram. Se os carros forem localizados, também vou solicitar que seja feito esse trabalho neles”, explicou o delegado, dizendo que não acredita em crime premeditado ou direcionado.

“Acho que foi pela oportunidade. Eles passaram e viram a garagem aberta e resolveram aproveitar para praticar o assalto lá mesmo”, afirmou.

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Vinicios José da Silva, 20 anos

Vinicios José da Silva, 20 anos

No momento em que anunciava assalto no interior de um ônibus da viação Andorinha que fazia a linha 746 (Cascadura-Jabour), Vinicios José da Silva, 20 anos, foi surpreendido por policiais militares lotados no 14º BPM (Bangu) que haviam recebido a informação de que o crime estava em andamento no coletivo que trafegava pela Avenida Santa Cruz, na altura da Praça Jabour, em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio.

REPLICA DE ARMA

A prisão foi efetuada por volta das 20h30 desta quinta-feira, dia 9 de julho. Com o criminoso, os PMs apreenderam uma arma de brinquedo. No momento da abordagem, o assaltante roubava pertences do passageiro Carlos Antônio da Lima, 30. O registro foi feito na 33ª DP (Realengo).

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Diego dos Santos Félix, o Mutante, 18 anos

Diego dos Santos Félix, o Mutante, 18 anos

Apontado pela Polícia como um dos principais assaltantes com atuação na Zona Oeste do Rio, Diego dos Santos Félix, o Mutante, 18 anos, foi preso por policiais militares do 14º BPM (Bangu) lotados no Grupamento de Ações Táticas (GAT), nesta quarta-feira, dia 22 de julho. Ainda de acordo com a Polícia, Mutante seria especialista em roubo de carros.

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Ele foi surpreendido pelos PMs na Rua João Travassos, na Favela São Bento, em Padre Miguel, e estava acompanhado por dois menores – um de 13 e outro de 17 anos de idade. Com ele, foram apreendidos uma pistola Taurus calibre 9 milímetros, munições e dois rádios transmissores, além de R$ 35 em espécie, 60 trouxinhas de maconha e 113 papelotes de cocaína – sendo 49 de R$ 5 e 64 papelotes de R$ 10. O registro foi feito na 33ª DP (Realengo).

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