Arquivo de setembro, 2011

Um dos responsáveis pelas investigações que levaram pra cadeia o ex-soldado do 6º BPM (Tijuca), Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, 34 anos, o delegado Fábio Oliveira Barucke afirmou que havia recebido a informação do Ministério Público de que milicianos estariam planejando criar um grupo para assassinar autoridades e que o ex-PM seria o cabeça do bando.

Atualmente à frente da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque), Barucke era titular da 35ª DP (Campo Grande) e passou a integrar a Missão Suporte, implantada em janeiro de 2009, com a prisão do ex-soldado do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) Ricardo da Cruz Teixeira, o Batman, 42 anos. O grupo reunia delegados que tinham a atribuição de investigar a milícia que atuava na Zona Oeste do Rio.

“Esse ex-PM possui 18 mandados de prisão preventiva por homicídio, fora outros crimes. É um absurdo que agora esteja solto”, declarou Barucke, que foi informado por telefone da fuga de Carlão – apontado como braço armado de Batman e já denunciado pelo MP por seis assassinatos.

O ex-PM fugiu da Unidade Prisional (UP) – antigo Batalhão Especial Prisional (Bep) -, em Benfica, na Zona Norte do Rio, no dia seguinte à megaoperação para prender integrantes da milícia Liga da Justiça. O Disque-Denúncia está oferecendo recompensa de R$ 5 mil por quem der informações que auxiliem a Polícia a localizar e recapturar o criminoso.

A escolta de alguns dos ameaçados pelo foragido já foi providenciada e começou a ser feita por agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil ainda na manhã desta quinta-feira, dia 1º de setembro. A lista possui nomes de delegados, juízes e promotores.

Durante as investigações, foi atribuída a Carlão a voz que aparece em uma conversa com Batman, durante interceptação telefônica autorizada pela Justiça. Na gravação, os criminosos falam sobre a execução do segurança de um supermercado.

A fuga de Carlão pegou de surpresa agentes da Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado e Inquéritos Especiais (Draco-IE). Eles pretendiam cumprir o mandado de prisão por formação de quadrilha para a prática de crimes hediondos contra ele ainda ontem.

“Não nos preocupamos porque soubemos que ele já estava preso e íamos apenas passar no presídio para dar ciência deste novo mandado”, revelou um dos policiais que participou da Operação Pandora, deflagrada na manhã de quinta-feira que cumpriu oito de 18 mandados de prisão preventiva.

O agora foragido era um dos ex-PMs que usavam celulares para continuar controlando os negócios ilegais de dentro da Unidade Prisional (UP), antigo Batalhão Especial Prisional (Bep), em Benfica, na Zona Norte do Rio.

“Os presos estavam acautelados, mas a atividade criminosa não foi interrompida”, ressaltou o promotor Marcus Vinícius Moraes Leite, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP.

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Milícias na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), afirmou que ao longo do tempo em que acompanhou as investigações recebeu diversas ameaças de integrantes da Liga da Justiça. Mas, até a noite desta quinta-feira, não havia recebido qualquer comunicado oficial sobre possíveis atentados.

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Os documentos apresentados pelo ex-chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, como prova do envolvimento de agentes da Delegacia de Repressão às Ações do Crime Organizado e Inquéritos Especiais (Draco-IE) em esquemas de corrupção, são falsos. A conclusão consta no laudo da perícia realizada pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) no material apreendido, em fevereiro deste ano. A autoria da falsificação está sendo apurada pela Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol).

O resultado ficou pronto 15 dias após a instauração do inquérito, mas os policiais só tiveram acesso a ele agora, depois que a Justiça trancou o procedimento.

“Somente agora, depois de contratarmos um advogado e com a divulgação da decisão judicial, finalmente nos foi permitido ter acesso ao conteúdo dos laudos periciais”, revelou o comissário Jorge Gerhard, que era o chefe do Serviço de Inteligência da Draco e atualmente está lotado na Divisão Anti-Sequestro (DAS).

“Sofremos um ataque dentro da delegacia. O crime organizado nos atacou em um ato tão ousado que a Corregedoria foi usada pra cometer um crime. Todos nós fomos desmoralizados”, desabafou Gerhard, enfatizando que os agentes que eram lotados na Draco foram vítimas do crime organizado.

“O crime organizado tem muitas facetas. Ele (o ex-chefe de Polícia) resolveu fazer uma covardia dessas e depois sumiu, provando que não tinha condições de ser síndico nem do prédio dele”, ressaltou o comissário.

No dia 14 de fevereiro, o ex-chefe de Polícia Civil entregou documentos à Coinpol afirmando que estavam assinados pelo então titular da Draco-IE, delegado Cláudio Ferraz, e reforçavam denúncias de favorecimento a empresas e prefeituras com suspeitas de fraudes em licitações em todo o Estado do Rio. Na ocasião, Allan Turnowski chegou a determinar que a sede da especializada fosse lacrada.

Além dos documentos, máquinas de escrever pertencentes à unidade foram apreendidas. Todo o material foi encaminhado pela delegada Adriana Pereira Mendes, da Coinpol, à perícia, que produziu um laudo de 50 páginas assinadas pelos peritos criminais Eloah Mizrahy Bluvol e Luiz Gustavo Faria Briote.

Os dois determinaram, em exames mecanográfico, grafotécnico comparativo e do documento em questão, que as datas atribuídas ao registro e ao aditamento – embora distintas -, foram datilografadas de uma vez só (sem retirada do papel da máquina), que a máquina usada para essa datilografia não era nenhuma das apreendidas na Draco, que o formulário do aditamento que suspendia o inquérito era de um lote diferente ao que pertencia à especializada e que as rubricas e assinaturas foram falsificadas.

“Abrimos mão do sigilo bancário e telefônico, pois tínhamos a consciência tranquila. Desde o primeiro momento houve dúvidas quanto à forma como esse inquérito foi instaurado”, afirmou o delegado Cláudio Ferraz.

“Além da assinatura falsificada, foi constatado que aquele formulário nunca foi usado pela Draco e não houve confirmação de uso das máquinas que eram da delegacia. O ex-chefe de Polícia disse ter recebido aqueles documentos cheio de contradições, com pressa em divulgar”, declarou, enfatizando que não houve a mesma pressa em divulgar o resultado dos laudos.

“O laudo chegou 15 dias depois da instauração do inquérito, mas não houve divulgação e só tivemos acesso agora”, disse Ferraz, que atualmente está de férias.

A Coinpol confirmou que os laudos deram negativos e que o juiz trancou o inquérito.

“As investigações correm em dois aspectos distintos, o penal e o administrativo. Após a constatação da falsificação, o juiz entendeu que, como a delação era apócrifa, o inquérito devia ser arquivado. No âmbito da Corregedoria, foi gerado um procedimento para apurar o aspecto disciplinar de quem produziu esse documento falsificado”, explicou o sub-corregedor, Paulo Henrique da Silva Ribeiro.

Procurada, a assessoria de imprensa da Polícia Civil disse que não irá se pronunciar sobre o assunto por enquanto.

Já a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Segurança Pública respondeu que o órgão não vai comentar sobre o laudo do ICCE.

O delegado Allan Turnowski, que deixou a chefia da PCERJ três dias após fazer as denúncias contra a Draco, encontra-se em licença e não foi localizado para comentar o caso. A assessoria da instituição informou que não poderia passar o contato atual do delegado.

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Um tiroteio na Favela Vila Aliança, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, deixou três pessoas baleadas, no início da madrugada deste sábado, dia 27 de agosto. As três vítimas foram socorridas e levadas para o Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo. O auxiliar de almoxarifado Sebastião Luiz Ferreira Pinheiro, 32 anos, que deu entrada na unidade às 2h19, morreu duas horas depois. Os outros feridos, entre eles um menor de 16 anos, não tiveram a identidade divulgada.

A mulher do auxiliar de almoxarifado, a operadora de caixa Flaviane Cristina Oliveira de Freitas, 25, acusa policiais do 14º BPM (Bangu) de terem entrado atirando na comunidade.

“Estávamos conversando no portão de casa, por volta de 1h30, quando vimos os policiais descendo do caveirão. Eles já saíram atirando, mesmo com a rua cheia. Quando ouvimos os disparos, corremos para dentro de casa. Mas meu marido caiu e percebemos que ele já estava baleado”, contou Flaviane, que era casada com Sebastião há cinco anos e tem com ele uma filha de 2 anos.

“Meu marido era trabalhador, não era bandido, e eu tenho como provar. Ele tinha acabado de ser demitido e nem teve tempo de sacar a primeira parcela do seguro-desemprego”, lamentou a operadora de caixa, que entregou na delegacia quatro projéteis de fuzil que recolheu na rua de sua casa.

Os policiais do Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) do 14º BPM que participaram da ação garantiram que foram recebidos a tiros por criminosos da facção Terceiro Comando Puro (TCP) que controlam a venda de drogas na região. O confronto teria ocorrido na esquina das ruas Augusto Figueiredo e Desenhistas.

A cerca de seis metros de distância do endereço os PMs encontraram uma moto Honda Titan verde, uma pistola Norinko 9mm e um rádio Nextel onde havia fotos de homens exibindo fuzis. Na 33ª DP (Realengo) – que funcionava como Central de Flagrantes -, descobriu-se que a moto – que ficou manchada de sangue – havia sido roubada na área da 29ª DP (Madureira), no mês passado.

O caso será remetido para a 34ª DP (Bangu), que responde pela área do conflito e será a responsável pela instauração do inquérito. No entanto, o delegado Raphael Stambowsky, adjunto da 33ª DP, já apreendeu os fuzis utilizados pelos policiais para realização de confronto balístico e também solicitou a realização de perícia no local.
Além disso, foi solicitado ao Instituto Médico Legal (IML) a coleta e acautelamento do sangue de Sebastião para futuro confrontamento de DNA com material colhido na moto apreendida.

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No dia seguinte ao ataque que deixou dois policiais militares feridos na Favela de Manguinhos, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, a região foi alvo de uma megaoperação realizada pela PM. Além de 40 homens do 22º BPM (Benfica), outros 60 de oito unidades da capital participaram da ação, que terminou com a apreensão de 18 tabletes de maconha prensada e cerca de 10 mil trouxinhas da droga já embalada, além de crack, cocaína e cheirinho da loló.

Além de Manguinhos, as equipes também ocuparam as favelas do Jacarezinho, Varginha e Mandela 1 e 2. Em um imóvel, onde os PMs encontraram drogas, foram apreendidas anotações de contabilidade do tráfico. Nelas, havia a “folha de pagamento semanal”: “fogueteiro R$ 200, arregador R$ 150, endolação R$ 400, cadeia R$ 1.750, arrego R$ 1.500”.

À frente do 22º BPM há cinco dias, o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira afirmou que casos de desvio de conduta são combatidos de forma contundente.

“Vai ser instaurada uma apuração e se ficar comprovada a participação de algum policial, ele será punido”, garantiu o oficial.

Um caderno onde havia o passo-a-passo ensinando a preparar a cocaína para venda também foi apreendido.

A operação teve início às 9h desta sexta-feira, dia 9 de setembro, e foi uma resposta ao ataque contra policiais militares praticado por integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV) que controlam o tráfico de drogas no Complexo de Manguinhos (que possui cerca de 50 mil habitantes distribuídos em 11 localidades: Parque Oswaldo Cruz, Parque Carlos Chagas, Parque João Goulart, Vila Turismo, Conjunto Habitacional Provisório 2, Vila União, Vila São Pedro, Conjunto Nelson Mandela, Conjunto Samora Machel, Comunidade Agrícola de Higienópolis e Mandela de Pedra).

“Em função daquele incidente, fizemos um planejamento para reprimir a criminalidade na região. Escolhemos um horário específico, fora da saída para o trabalho ou para a escola, para resguardar a integridade física dos moradores”, revelou o coronel Cláudio, explicando a hora de início da operação.

Logo no início da incursão, um bandido entrou correndo pelo terreno onde estão a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a Clínica da Família de Manguinhos. De acordo com o comandante do 22º BPM, ele chegou a trocar tiros com os policiais, mas conseguiu se desfazer da arma, que não foi encontrada. O atendimento nas duas unidades de saúde foi suspenso.

No início da noite da última quinta-feira, dia 8 de setembro, PMs do 22º BPM saíam de incursão na Favela da Mandela quando o blindado enguiçou, na Rua Leopoldo Bulhões. As outras viaturas retornaram para o batalhão enquanto o veículo aguardava a chegada do reboque, o que ocorreu quando já estava escurecendo.

Quando o reboquista da PM desceu, os traficantes começaram a atirar e ele acabou atingido no braço e na perna. Os policiais revidaram e houve intenso tiroteio, que interdiou a via e interrompeu a circulação de trens. Um segundo PM, que veio em resgate aos colegas, foi baleado no braço.

Os dois, identificados como soldado Cristiano e soldado Sotério, foram socorridos e levados para o Hospital Geral de Bonsucesso, de onde foram transferidos para o Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio. Até a noite de ontem, eles permaneciam internados, mas, segundo a corporação, não correm risco de morte.

Este não foi o primeiro incidente envolvendo ataques promovidos por traficantes que controlam a venda de drogas no Complexo de Manguinhos. Um dos casos que motivaram a localidade a ser apelidade de “Faixa de Gaza” ocorreu há quase três anos. Em novembro de 2008, agentes da Divisão de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) realizavam ronda para coibir os roubos de veículos quando se depararam com um bonde fortemente armado que atravessava da Favela do Jacarezinho para Manguinhos. Foi preciso acionar reforço da PM, com carros blindados, para conseguir resgatar os policiais, que ficaram encurralados. Quatro policiais civis e dois PMs ficaram feridos.

Relembre: Cenário de guerra em Manguinhos

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O registro de ocorrências de menor potencial ofensivo diretamente nos batalhões, dispensando as partes e a PM de se deslocarem até a delegacia de Polícia Civil, está provocando um mal-estar entre as duas instituições. Instituído pela Lei 9.099, de 1995, o termo já é feito pela Polícia Militar em alguns estados brasileiros, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Acre. No entanto, no Estado do Rio de Janeiro, pareceres alegaram inviabilidade jurídico-legal e técnica da medida.

A Corregedoria Geral Unificada (CGU) instaurou sindicância administrativa disciplinar, sob o número 079/2011, para apurar uma ocorrência conduzida e apreciada por policiais militares lotados no 30º BPM (Teresópolis), na Região Serrana do Rio. O fato ocorreu em agosto e foi publicado no Boletim Interno da Polícia Civil, de número 175, nesta sexta-feira, dia 16 de setembro.

Em seu despacho, o desembargador Giuseppe Vitagliano, corregedor geral da CGU, destacou: “ao que parece, a polícia militar pretende, nas hipóteses da Lei 9.099/95, que toda pessoa presa seja preliminarmente conduzida a um Batalhão da PM, a fim de que seja lavrado o denominado “registro policial militar”, para posteriormente encaminhá-lo a delegacia de polícia civil, conduta esta inteiramente contrária ao que preconiza a Constituição da República, as leis e as normativas administrativa internas deste Estado, relativas a apresentação de cidadãos detidos por suposta prática de crime de menor potencial ofensivo”.

No caso que gerou a indisposição, uma equipe do 30º BPM foi chamada por Cláudia Cardoso Fassini que acusava o ex-companheiro, Carlos Alberto Albuquerque Teixeira. Os dois foram levados para a sede do batalhão, onde foi realizado o Registro Policial Militar número 0008/2535/2011. Lotado naquela unidade, o capitão Sérgio Lemos Alves revelou que o corregedor interno da PMERJ, coronel Ronaldo Menezes, reuniu-se com comandantes de diversos batalhões para falar da implantação do Registro Policial Militar.

A reunião, de acordo com o oficial, ocorreu no dia 1º de março e contou com a presença do sub-corregedor, tenente-coronel Wanderby Medeiros. Na ocasião, eles teriam anunciado que a medida já estava em implantação na área de Campos e Itaperuna e ressaltando que decisão não era apenas da Corregedoria, e sim institucional.
Após prestar depoimento na sindicância instaurada pela CGU, o capitão entregou ofícios recebidos de seus superiores, inclusive da Corregedoria Interna, para serem anexados. Os documentos tinham o objetivo de instruir a elaboração do denominado “Registro Policial Militar” e incluía diversos delitos e contravenções, previstos no Código Penal e em algumas Leis Especiais.

O corregedor geral unificado destaca a “inteira inconstitucionalidade e ilegalidade da medida que a Polícia Militar pretende implementar no Estado” e ressalta que “as referidas medidas adotadas pela PMERJ, caso prossigam, são aptas a ensejar uma crise institucional entre os órgãos operacionais desta Pasta, o que poderá comprometer o êxito no alcance das metas propostas pela austera e eficiente política de segurança públ ica implementada neste Estado”.

O inspetor Francisco Chao, diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindol), definiu a situação como um abuso de autoridade.

“A PM só pode investigar infração penal militar cometida por militar no exercício da função ou cometida contra ele, só que a PM quer investigar tudo, menos o crime militar. Isso é uma violação enorme da lei de abuso de autoridade, além de ser usurpação de função, e acontece porque tem um grupo de oficiais com pretensão de que a PM realize o ciclo completo de Polícia”, enfatizou.

Procuradas por telefone, as assessorias de imprensa das polícias Civil e Militar solicitaram que a questão fosse enviada por e-mail, mas mesmo assim não enviaram respostas. Já a Secretaria de Estado de Segurança Pública esclareceu a sindicância foi instaurada porque a Corregedoria Interna da Polícia Militar deu uma interpretação divergente ao artigo 69 da Lei nº 9099/95 (que cria os juizados especiais e define os ilícitos de menor potencial ofensivo), no sentido de dar aos oficiais da PM competência para o registro do fato e demais providências.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, se posicionou sobre a questão, legitimando a decisão da CGU. No despacho, fica determinado que os policiais militares devem se abster da prática dos atos referidos.

O que é – O Registro Policial Militar é um Termo Circunstanciado de Ocorrência. O TCO é um registro de um fato tipificado como infração de menor potencial ofensivo, ou seja, os crimes de menor relevância, que tenham a pena máxima cominada em até dois anos de cerceamento de liberdade ou multa. O referido registro deve conter a qualificação dos envolvidos e o relato do fato, quando lavrado por autoridade policial, nada mais é do que um boletim de ocorrência, com algumas informações adicionais, servindo de peça informativa, para o Juizado Especial Criminal (Jecrim). No caso ocorrido em Teresópolis, quando o Jecrim recebeu o documento enviado pela PM, encaminhou à 110ª DP (Teresópolis), que remeteu o caso à Chefia da Polícia Civil.

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Um caminhão que tentava levar droga e aparelhos de telefone celular para a Penitenciária Industrial Esmeraldino Bandeira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, foi apreendido por inspetores de Segurança e Administração Penitenciária e agentes da Superintendência de Inteligência do Sistema Penitenciário (Sispen), na manhã desta quarta-feira, dia 14 de setembro.

Após denúncia anônima recebida pela Ouvidoria da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), os inspetores abordaram o caminhão da empresa Ki Madeira, responsável por levar paletes para reciclagem, na entrada da unidade e encontraram uma caixa de madeira contendo aproximadamente 3kg de maconha, sete celulares e cinco carregadores, além de sete chips e duas baterias. O motorista, Valdemir Trajano Soares, negou envolvimento e afirmou não ter conivência com o crime.

Na referida denúncia constava que o material seria entregue aos detentos Rogério Inácio da Silva, condenado a 5 anos e 10 meses no artigo 33, e Jeferson Castro Medeiros, condenado a 17 anos nos artigos 33, 35 e 157. Todos os envolvidos foram encaminhados para a 34ª DP (Bangu).

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Victor Hugo Marins Gonçalves, 26 anos

Acusado de comprar drogas no Complexo de Manguinhos, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, para revender em Cabo Frio, na Região dos Lagos, Victor Hugo Marins Gonçalves, 26 anos, foi preso por policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv), na tarde desta quarta-feira, dia 16 de setembro.

Os PMs realizavam operação de trânsito na RJ-124, próximo ao KM 13, na altura de Boa Esperança, em Rio Bonito, quando abordaram uma van que fazia o trajeto Rio de Janeiro X Cabo Frio.

Eles suspeitaram da atitude de Victor Hugo, que estava entre os passageiros, e quando revistaram a mochila dele encontraram 10 tabletes grandes de maconha, três tabletes médios de maconha hidropônica e três bolas de haxixe, além de R$ 26.

O acusado, que já havia sido preso anteriormente por tráfico de drogas e receptação, disse aos PMs que havia comprado o entorpecente em Manguinhos e iria revendê-lo em Cabo Frio. O registro foi feito na 119ª DP (Rio Bonito), onde Victor Hugo foi autuado por tráfico de drogas.

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Acusado de tráfico vai pra cadeia com fome

Publicado: 17 de setembro de 2011 em Uncategorized

Igor Pereira da Silva, 18 anos

Acusado pela Polícia de integrar a quadrilha que controla a venda de drogas na Favela Vila Kennedy – que tem sido alvo de disputas entre as facções rivais Terceiro Comando Puro (TCP) e Comando Vermelho (CV) – Igor Pereira da Silva, 18 anos, foi preso por policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual (BPRv), na noite desta quinta-feira dia 15 de setembro.

Os PMs realizavam o serviço de Guarda do Quartel, na base do BPRv localizada próximo à Avenida Brasil, na altura de Vila Kennedy, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, quando resolveram abordar Igor ao suspeitarem da atitude dele. Durante a revista, os policiais encontraram 28 pedras de crack e R$ 55 em espécie – o dinheiro seria proveniente da venda de drogas.

O suspeito, que já havia sido apreendido por tráfico de drogas quando tinha 16 anos de idade, confessou que continuava traficando na Vila Kennedy para conseguir dinheiro, e que resolveu passar por ali para ir até a casa de sua tia jantar. O registro foi feito na 34ª DP (Bangu).

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Após sacar R$ 29 mil em uma agência do banco Santander no Centro do Rio, o mestre-de-obras Olindino Francisco de Barros, 62 anos, foi seguido até o Centro de Niterói, onde foi abordado por bandidos e acabou baleado ao reagir ao assalto, na tarde desta sexta-feira, dia 16 de setembro. O dinheiro era o pagamento de operários que realizam uma obra na Rua Visconde do Rio Branco, também no Centro de Niterói.

O crime ocorreu na Rua Marquês de Caxias, depois que a vítima saiu de seu veículo – o Fiat Uno prata placa HOD 2121 – que havia acabado de deixar em um estacionamento. Funcionários do estabelecimento disseram que a única câmera existente no local não grava as imagens.

Morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o mestre-de-obras trabalhava há 17 anos na empresa FL Engenharia. Na obra que estava sendo realizada há três meses, ele era o responsável por efetuar o pagamento dos pedreiros.

O chefe de Olindino contou a policiais do 12º BPM (Niterói) que estiveram no local do crime que ele e um outro funcionário sacaram o dinheiro e seguiram para o carro parado próximo à agência, na Rua México. Após deixar o colega em um ponto de ônibus, seguiu sozinho para Niterói.

O delegado Nilton Silva, titular da 76ª DP (Centro de Niterói), acredita que funcionários da empresa tenham envolvimento com o crime.

“Pelo jeito que foi feito, acredito que haja participação de gente da própria empresa. Na próxima semana já devemos ter a autoria”, declarou o delegado, que pretende ouvir o dono da empresa ainda neste sábado.

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Na última segunda-feira, dia 22 de agosto, o Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ) começou uma vistoria nas viaturas da Polícia Civil. Nos cinco primeiros dias, 95% das viaturas foram reprovadas. Em uma das análises feitas em quatro delegacias, de um total de 20 viaturas, apenas três foram aprovadas. As outras apresentavam problemas como ausência de lacre nas placas, parabrisa quebrado, pneus carecas e extintores fora da data de validade. Um dos carros da 39ª DP (Pavuna) tinha o parachoque amarrado com um arame.

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sinpol) encaminhou ofício à Chefia de Polícia solicitando que a vistoria seja estendida às viaturas também das especializadas e das delegacias do interior.

Os primeiros itens analisados são os de segurança – como farol, seta, pneu, extintor, macaco, vidros, parachoque e parabrisa. Por último, é feita a medição de emissão dos gases poluentes. No entanto, o veículo não passa por essa análise se não for aprovado na etapa inicial.

“Que não tem condições de continuar trabalhando com esses carros assim a gente sabe há muito tempo, mas também a Polícia não pode ficar a pé, senão vai parar tudo. Por isso, a Chefia e o Governo tëm que fazer alguma coisa rápido”, enfatizou um inspetor que, temendo represália, pediu para não ter a identidade divulgada.

“Os carros são tão ruins que já nos deixaram na mão até em operação. Houve uma vez em que tive dificuldade para sair do carro durante um tiroteio porque a minha porta não abria. Quase fui baleado”, revelou outro policial.

A vistoria teve início na 27ª DP (Vicente de Carvalho), onde todas as seis viaturas foram reprovadas. A 38ª DP (Brás de Pina) também teve todos os veículos, num total de cinco, reprovados, seguida pela 39ª DP, onde foi constatado que nenhuma das seis viaturas tinha condições de tráfego.

A última delegacia vistoriada foi a única com todos os carros aprovados pelo Detran: a 44ª DP (Inhaúma), que possui três Renault Sandero.

“É comum a gente tirar dinheiro do nosso próprio bolso para consertar as viaturas. Trocar pneu, pastilhas de freio, óleo e até resolver pequenos problemas elétricos”, ressaltou outro inspetor.

Nos cinco primeiros dias, 59 viaturas de 11 delegacias foram vistoriadas e 38 foram reprovadas. A assessoria de comunicação da Polícia Civil afirmou que já começou o reparo de todos os problemas detectados, mas não especificou um prazo para conserto de toda a frota reprovada na vistoria.

O engenheiro civil José Jairo Araújo, especialista em Engenharia de Tráfego da Universidade Federal Fluminense (UFF), explicou que o motorista não é o único culpado em um acidente de trânsito.

“Se costuma colocar a culpa de todo acidente de trânsito no condutor do veículo, mas há outros fatores que podem contribuir, como sinalização, conservação da via e estado do automóvel”, disse.

O antropólogo Lênin Pires, pesquisador do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (InEAC) da UFF, destacou que o descaso com as viaturas é mais uma demonstração de como representantes do Estado acreditam estar à margem da lei a que a sociedade está submetida.

“Coloca em risco a vida dos agentes e da população, mas o mais grave é que é um exemplo de como as agências de Segurança Pública acreditam não estarem submetidos às mesmas regras que nós”, declarou.

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