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Acusado de integrar uma quadrilha especializada em clonagem de veículos, um homem de 29 anos foi preso por policiais da 21ª DP (Bonsucesso). A prisão foi efetuada na última sexta-feira, dia 9 de abril, após um mês de investigações, e ele foi apresentado à imprensa na manhã desta terça-feira, dia 13.

Ele dirigia um Honda Civic roubado e se preparava para entregá-lo a um comprador em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, quando foi surpreendido pelos policiais.

“Ele chegou a se identificar como funcionário do Detran, mas não era verdade”, destacou o delegado Felipe Curi, adjunto da 21ª DP, que ressaltou que a Polícia está perto de desbaratar a quadrilha, que vem derramando carros clonados para serem revendidos em agências de automóveis de todo o Estado.

As investigações tiveram início após a apreensão, em fevereiro, de um veículo roubado que tinha a placa clonada de um automóvel do Consulado Russo. Depois de roubar carros, os criminosos usavam documentos de veículos de mesma marca, modelo e cor para esquentar a placa.

Além do Honda Civic em poder do acusado – que confessou que recebia até R$ 5 mil por veículo vendido – os policiais apreenderam outros seis carros que já haviam sido comprados por moradores de Nilópolis e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e também Vila Valqueire, na Zona Oeste do Rio.

A delegada Valéria de Castro, titular da 21ª DP, pretende investigar se há conivência de funcionários do Departamento de Trânsito do Rio (Detran-RJ), já que os documentos dos veículos também foram clonados.

“Precisamos saber se houve furto de algum lote de espelhos de documentos ou se eles falsificavam os mesmos com dados dos proprietários dos veículos”, afirmou.

A Polícia quer saber também se os donos das agências sabiam que estavam comprando veículos clonados ou se foram vítimas, a exemplo dos compradores dos veículos.

Foram recuperados três Honda Civic, duas Pajero, um Siena e um Peugeot. Os policiais conseguiram chegar aos verdadeiros proprietários dos veículos bons levantando o número do motor dos carros. Autuado em flagrante por receptação, Flávio também vai responder por formação de quadrilha.

Uma história com final feliz. Assim pode ser definida a aventura do pequeno Maicon Douglas Menezes Silva, morador do Conjunto Esperança, no Complexo da Maré, em Benfica, na Zona Norte do Rio. Com apenas três anos de idade – completados em janeiro – o menino acordou e, ao não encontrar a mãe, abriu a porta de casa, desceu três lances de escada, passou pelo portão do prédio onde mora com a mãe, a avó, um irmão e duas tias, atravessou a rua e foi parar na Avenida Brasil, na manhã desta terça-feira, dia 13 de abril.

Ele foi encontrado próximo à passarela da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), no sentido Zona Oeste da via, em frente à Favela Vila do João, também no Complexo da Maré – composto, ainda, pelas localidades Baixa do Sapateiro, Conjunto Bento Ribeiro Dantas, Conjunto Marcílio Dias, Conjunto Pinheiro, Nova Holanda, Nova Maré, Parque Maré, Parque Roquete Pinto, Parque Rubens Vaz, Parque União, Praia de Ramos, Salsa e Merengue, Timbau e Vila dos Pinheiros. O conjunto de favelas é dividido entre as facções criminosas Amigos dos Amigos (ADA), Terceiro Comando Puro (TCP) e Comando Vermelho (CV), e também tem áreas controladas por milicianos.

“Uma mulher atravessou a passarela com ele e o deixou com uma ambulante que vendia doces em uma barraquinha no sentido Centro da Avenida Brasil. Nós fomos chamados e percorremos a Maré com ele, mas ninguém o conhecia. Chegamos a perguntar a mototaxistas na Baixa do Sapateiro se alguém procurava por uma criança, mas eles não sabiam e não o reconheceram”, contou o sargento Carvalho, do 22º BPM (Benfica).

Lotado no Patrulhamento Motorizado Especial (Pamesp) Escolar da unidade, ele estava acompanhado pelo cabo Sandoval.

“Queríamos evitar que ele fosse levado para o Conselho Tutelar, mas esgotou o que estava ao nosso alcance. O trouxemos à delegacia para ver se a família estava procurando por ele”, revelou o sargento.

Levado para a 21ª DP (Bonsucesso), o pequeno Maicon sensibilizou a delegada Valéria de Castro, titular da distrital, que limpou o menino, comprou uma bermuda, uma camiseta e um par de sandálias. Chorando muito, Maicon só repetia o nome da mãe, Keila, e o apelido do irmão, conhecido como Miúdo. Ao recusar biscoitos, ele acabou ganhando uma chupeta que um policial foi comprar em um armazém próximo à delegacia.

A delegada acabou levando Maicon aos estúdios da Rede Record, onde o deputado estadual e apresentador Wagner Montes falou sobre o caso, na esperança de que algum familiar visse o garoto e avisasse à família.
Desesperada na busca pelo filho, a camelô Keila Regina da Silva Corrêa, 24, nem chegou a assistir ao programa. Ela foi localizada por PMs do Posto de Policiamento Comunitário (PPC) da Vila do João, que a levaram até a 21ª DP.

Imaginando que o filho tinha sido levado pelo ex-marido, com quem briga na Justiça há três meses, ela chegou a pedir a ajuda de criminosos para buscas na casa do pai do menino.

“Estou brigando para ele pagar pensão para o filho. Ele chegou a me ameaçar de morte e a mãe dele também. Em fevereiro ele mandou só R$ 50 e, em março, R$ 60. O oficial de Justiça falou que, se ele não pagar o próximo mês completo e com a diferença, eu posso denunciá-lo para ele ser preso. Imaginei que ele tivesse pegado meu filho”, desabafou Keila, que estava no trabalho, no Largo do Machado, quando foi avisada do sumiço de Maicon.

“Consegui esse emprego há três dias. Ainda pensei que ele não ia se adaptar à minha ausência porque ainda mama no peito e eu fico longe de casa das 8h às 17h. Eram umas 10h quando meu peito começou a encher de leite e endureceu. Ainda pensei nele, achando que ele devia estar sentindo fome naquele momento. Foi a hora em que ele sumiu”, contou a camelô, revelando que pretende deixar o emprego.

“Eu não consegui vaga em nenhuma creche. Em uma delas, ele ficou em oitavo lugar na fila de espera. Em outra, na vigésima posição”, desabafou, ressaltando que o filho é muito esperto para a idade que tem.

“Quando vou comprar pão, ele pede pra comprar o de dez reais, que é o que tem coco por cima, e quando está chateado comigo, não me chama de mãe, só me chama de Keila. Não sei como ele conseguiu abrir a porta de casa, descer três lances de escada e chegar até próximo da Avenida Brasil, mas vamos prestar mais atenção”, garantiu Keila, que levou um puxão de orelha da delegada Valéria de Castro, que chegou a cogitar a possibilidade de prendê-la por abandono de incapaz.

“Depois que o menino pegou o peito e começou a mamar, resolvi reconsiderar, mas avisei para ela tomar mais cuidado com o filho. Que o susto sirva de lição”, afirmou Valéria, uma das responsáveis pelo final feliz da história.

“Infelizmente, nos meus muitos anos na PM, já encontrei muitas crianças perdidas e nem todas tiveram um final feliz. Ainda bem que dessa vez foi diferente”, comemorou o sargento Carvalho, que passou toda a manhã e parte da tarde na ocorrência.

Apontado pela Polícia como segundo homem na hierarquia do tráfico de drogas no Complexo de Manguinhos, em Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, Bruno Ricardo Corrêa da Silva, o Lambão, 26 anos, recebeu voz de prisão enquanto estava em cima de uma maca aguardando atendimento médico.

Policiais da 21ª DP (Bonsucesso) chegaram até ele através de denúncias anônimas, no início da noite desta segunda-feira, dia 12 de abril. Contra o acusado, que foi surpreendido pelos agentes na Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), havia um mandado de prisão expedido por tráfico de drogas e associação para fins de tráfico.

“Recebemos a informação de que ele estava realizando um exame de rotina em um hospital da área. Percorremos várias unidades de saúde e, no final do dia, o localizamos na FioCruz”, revelou o delegado Felipe Cury, adjunto da 21ª DP, que instaurou inquérito para apurar o tráfico de drogas em Manguinhos e iniciou as investigações há três meses.

Integrante da facção criminosa Comando Vermelho (CV), Lambão, segundo a Polícia, é o responsável pelo abastecimento e distribuição da maconha no Complexo de Manguinhos – composto pelas favelas Vila Turismo, Parque João Goulart, Parque Carlos Chagas ou Varginha e Mandela de Pedra, além de Parque Oswaldo Cruz ou do Amorim e os Conjuntos Habitacionais Nelson Mandela e Samora Machel.

Os nomes dos outros traficantes identificados no inquérito estão sendo mantidos em sigilo, mas todos também já estão com mandados de prisão expedidos pela Justiça.

“O inquérito ainda está em andamento e esperamos desmantelar a quadrilha nas próximas semanas”, ressaltou o delegado Felipe Cury.

Até o início da tarde de ontem, o acusado permanecia internado na unidade hospitalar. Ele será transferido para uma carceragem da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), onde vai permanecer à disposição da Justiça.